A história tomou um rumo inesperado: Rogério Tuma, neurologista e filho de Romeu Tuma, o ex-diretor do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) durante a ditadura militar, foi um dos médicos que cuidou de Luiz Inácio Lula da Silva, após sua internação em São Paulo. Romeu Tuma ocupou uma posição de destaque na repressão ao regime militar, e curiosamente, foi chefe do órgão enquanto Lula esteve detido em 1980, acusado de subversão devido à sua liderança em uma greve de metalúrgicos.

Lula foi preso em 19 de abril de 1980 e permaneceu encarcerado por 31 dias, um momento que ainda ecoa na política brasileira. Romeu Tuma, que faleceu em 2010, teve uma carreira repleta de controvérsias, incluindo sua atuação na Polícia Civil e na Polícia Federal, além de ter sido senador.

Recentemente, Lula enfrentou problemas de saúde e foi internado devido a uma hemorragia cerebral resultante de um acidente no banheiro do Palácio da Alvorada. Em períodos críticos, ele passou por dois procedimentos na cabeça, um deles sendo uma trepanação craniana, e, após a internação, foi declarado neurologicamente estável. O presidente, que já é o mais velho a ocupar o Palácio do Planalto, continua a expressar seu desejo de concorrer à reeleição em 2026, desafiando as expectativas sobre sua idade e saúde.

Rogério Tuma, agora na equipe que cuida da recuperação do presidente, traz à tona a complexidade das relações políticas no Brasil, onde histórias pessoais se entrelaçam com os eventos históricos. Vale ressaltar que Lula já enfrentou outras cirurgias e desafios de saúde nos últimos anos, incluindo a colocação de uma prótese no quadril em 2023 e uma blefaroplastia.

O presidente estava bem, caminhando pelos corredores do hospital e recebendo visitas de familiares, demonstrando sua resiliência. A recuperação de Lula, aos 79 anos, trouxe preocupações sobre sua capacidade de liderar, mas ele insiste que possui a energia necessária para continuar sua trajetória política.

Em um país polarizado politicamente, a saúde de Lula é observada atentamente, e seus desafios de saúde podem impactar não apenas sua vida, mas também o futuro político do Brasil.