Uma fiscalização surpresa na noite desta terça-feira (24) realizada por auditores do Tribunal de Contas de Rondônia (TCE-RO) expôs irregularidades alarmantes em unidades de saúde da capital. Enquanto alguns avanços nos atendimentos foram identificados, ficou evidente que melhorias ainda são necessárias para garantir a qualidade do atendimento à população.

O TCE recebeu relatos de pacientes elogiando a melhoria no serviço, que parece mais atencioso e eficiente. No entanto, esse progresso não foi suficiente para ocultar uma grave situação no Hospital Joao Paulo II, o maior pronto-socorro do estado. Apenas um cirurgião geral estava disponível para atender todos os casos na véspera de Natal, o que gerou preocupações significativas na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Além disso, a Sesau destacou a importância de contar com uma equipe completa em períodos críticos, especialmente para cirurgias de emergência. A preocupação reside no fato de que a falta de profissionais pode resultar em consequências fatais para os pacientes que precisam de cuidados imediatos.

Imediatamente, a equipe de auditoria comunicou a situação à gestão do Estado, que se comprometeu a resolver o problema com urgência.

Para agravar a situação, detectou-se também que não havia funcionário na portaria para atender o público e a escala de plantonistas não era clara, criando mais barreiras para o atendimento eficiente.

Na UPA da Zona Leste, que é uma das unidades mais importantes da cidade, também foi constatada a ausência de um equipamento crucial: o raio-X. Este problema recorrente exige uma atenção especial da administração municipal, já que impacta diretamente o diagnóstico e tratamento de pacientes. Além disso, foram observadas falhas na estrutura da unidade, com necessidade de troca de mobiliário.

Por outro lado, em uma nota de progresso, o TCE relatou melhorias significativas na Policlínica Ana Adelaide, onde o aparelho de raio-X estava funcionando corretamente e todos os exames laboratoriais estavam disponíveis, exceto os bioquímicos. A UPA da Zona Sul também apresentou bom desempenho, com a escala médica acessível e a realização de todos os exames, sem falta de medicamentos.

À medida que as avaliações continuam, é claro que, enquanto alguns serviços já mostraram melhorias, muito trabalho ainda precisa ser feito para garantir que todos os cidadãos de Porto Velho tenham acesso a um atendimento de saúde de qualidade. A situação das unidades de saúde é um reflexo da necessidade urgente de investimentos e reformas no setor.