Foguete japonês Epsilon S em chamas: uma nova crise no cronograma espacial?
2024-11-26
Autor: Gabriel
O programa espacial japonês enfrentou um grande revés nesta terça-feira (26) com o incidente envolvendo o foguete leve Epsilon S. Durante um teste terrestre no Centro Espacial Tanegashima, na província de Kagoshima, o foguete pegou fogo 49 segundos após o início do procedimento de teste.
A falha, que foi identificada como um problema no motor de segunda etapa, levantou sérias preocupações sobre o futuro deste projeto crucial. Este foi o segundo teste mal sucedido do Epsilon S, que já havia enfrentado dificuldades similares no ano passado, contando com uma história já marcada por contratempos.
O incêndio gerou nuvens densas de fumaça, conforme exibido por uma transmissão ao vivo da emissora nacional japonesa, mostrando a gravidade da situação. Apesar da seriedade do ocorrido, a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) confirmou que não houve feridos e que as causas do incêndio ainda estão sob investigação.
No entanto, o impacto foi imediato no mercado financeiro: as ações da IHI Corp., empresa que desenvolve o foguete em parceria com a JAXA, tiveram uma queda de até 7% logo no início das negociações desta terça-feira, conforme relatório da Bloomberg.
Com relação ao cronograma de lançamentos, o foguete Epsilon S tinha seu lançamento inaugural previsto para março de 2025. Contudo, essa repetição de falhas em testes levanta um grande sinal de alerta, colocando o cronograma em risco, especialmente considerando os adiamentos que o projeto já enfrentou anteriormente.
Este projeto é parte dos esforços da JAXA para aumentar a frequência dos lançamentos espaciais no Japão. Além do Epsilon S, a agência também está desenvolvendo o H3, um foguete de grande porte que teve seu primeiro lançamento em fevereiro deste ano, embora tenha enfrentado desafios próprios em suas campanhas de lançamento.
A situação reforça a importância do investimento em tecnologias espaciais e o contínuo apoio à pesquisa e desenvolvimento, em um momento em que a corrida espacial se intensifica globalmente. O Japão, um dos líderes nessa jornada, pode muito a ganhar – ou perder – dependendo da resposta a este incidente e de sua capacidade de recuperar o tempo perdido.