Foragido no Paraguai, assassino de Fernando Iggnácio será extraditado para o Brasil
2025-01-04
Autor: Pedro
Após sua prisão no Paraguai, Pedro, um ex-policial militar envolvido na execução do bicheiro Fernando Iggnácio, será extraditado para o Brasil. Segundo a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Pedro fez extensas pesquisas sobre a rotina de Iggnácio e os tipos de armas que poderiam ser utilizadas no crime antes de sua execução. Iggnácio, um dos herdeiros da famosa organização de jogo de azar de Castor de Andrade, foi brutalmente assassinado em novembro de 2020, ao desembarcar de um helicóptero no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Após o assassinato, Pedro fugiu para o Paraguai, mas foi preso ao iniciar o processo para obter um documento de identidade. Ele teria usado um documento brasileiro falso, o que despertou a atenção das autoridades locais. Sua detenção indica a crescente colaboração entre as forças de segurança dos dois países no combate ao crime organizado.
Investigações revelam que o crime foi encomendado por Rogério de Andrade, sobrinho de Castor de Andrade, em conluio com o policial militar Márcio Araújo, que é descrito como o chefe da segurança particular de Rogério. A rivalidade entre Rogério e Iggnácio é bem documentada, com ambos disputando o legado e os negócios ilícitos de Castor, que faleceu de um infarto em abril de 1997.
Rogério Andrade, por sua vez, foi preso em uma operação do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) em outubro do ano passado. As revelações sobre esse caso jogam uma nova luz sobre a complexa rede de crimes e disputas pelo poder que circunda o mundo do jogo ilegal no Brasil, onde muitas figuras influentes estão envolvidas.
A expectativa é que a extradição de Pedro contribua para o avanço das investigações e outras prisões relacionadas a esse caso. A população aguarda ansiosamente por resultados na luta contra a impunidade em casos de crime organizado.