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Frigoríficos juntam forças contra o Carrefour: A greve do fornecimento de carne causa agitação no Brasil!

2024-11-24

Autor: João

Um rebuliço se forma no mercado brasileiro após a declaração do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, que anunciou que a rede de supermercados não venderá mais carne proveniente do Mercosul. A medida está causando efeitos drásticos e já levou alguns frigoríficos a interromperem o fornecimento de carne para o Carrefour e suas subsidiárias como Atacadão e Sam's Club.

Frigoríficos como JBS, Marfrig e Masterboi já confirmaram que suspenderam pelo menos 50 caminhões com carne destinados ao grupo francês, e essa interrupção já afetou cerca de 150 lojas do Carrefour no país. A previsão é que, em três dias, haja um desabastecimento geral nas prateleiras dos supermercados.

Embora a empresa tenha emitido uma nota alegando que a acusação de desabastecimento é infundada e que a comercialização de carne segue normalmente, a situação é preocupante e os consumidores estão começando a sentir o impacto. Não é apenas um problema logístico, mas também um aspecto que pode refletir em preços nas prateleiras.

Recentemente, Bompard reafirmou seu compromisso de não comercializar carne do Mercosul, destacando que a possibilidade de um acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul representa um risco para o mercado francês, com carnes que, segundo ele, "não respeitam as exigências e normas".

Além disso, o Grupo Les Mousquetaires, conhecido por suas redes Intermarché e Netto, decidiu se unir ao boicote e também não irá comercializar carnes bovinas, suínas e aves de países sul-americanos. Essa mudança de postura por parte de grandes redes europeias ressalta um movimento de proteção ao setor agrícola local, mas também levanta questões sobre possíveis repercussões para as relações comerciais com o Brasil.

Em resposta, o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa) criticou a posição do Carrefour, afirmando que não aceitará tentativas de denegrir a qualidade e segurança dos produtos brasileiros. O ministério assegurou que as carnes brasileiras estão em conformidade com os padrões da União Europeia há décadas.

Além do comunicado oficial, o ministro Carlos Fávaro se manifestou, sugerindo que essa postura pode ser uma estratégia orquestrada por empresas francesas, lembrando casos semelhantes no passado. Fávaro destacou que as ações atuais podem oldar um desafio inédito para o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, atualmente em discussão no G20.

Esse episódio gera uma série de questionamentos sobre a resiliencia do mercado de carnes brasileiras e pode influenciar o futuro de muitas relações comerciais. Fique atento, pois os desdobramentos ainda estão por vir!