Gilberto Aparecido dos Santos, mais conhecido como Fuminho, está prestes a ser transferido para o sistema prisional do Estado de São Paulo, onde cumprirá pena em regime semiaberto. Essa decisão vem do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e é especialmente significativa, uma vez que Fuminho desempenha um papel importante na facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), sendo considerado o braço-direito de Marco Willians Herbas Camacho, o infame Marcola.

A decisão favorável foi proferida no último dia 9 de outubro pelo juiz-corregedor Frederico Botelho de Barros Viana, da Penitenciária Federal de Brasília. A solicitação de progressão para o regime semiaberto ocorreu no ano passado, com base no tempo mínimo de prisão cumprido por Fuminho e em seu "bom comportamento" na prisão.

É importante ressaltar que, como ele está atualmente em uma penitenciária federal, não há a opção de semiaberto, o que torna necessária sua transferência para uma unidade prisional em São Paulo. No regime semiaberto, os reclusos têm a oportunidade de trabalhar ou estudar fora durante o dia, mas devem retornar ao presídio à noite, o que facilita uma reintegração gradual à sociedade.

Fuminho foi preso em 2020, após ter passado impressionantes 21 anos foragido. Sua captura ocorreu durante uma megaoperação da Polícia Federal em parceria com agências internacionais, a qual foi realizada na África. Marcola, o líder do PCC, permanece detido em uma unidade de segurança máxima em Brasília.

O impacto das transferências como essa pode ser notório, uma vez que pode influenciar a dinâmica do PCC nas ruas e revelar uma estratégia de ressocialização que pode ser aplicada a outros membros da facção. O que a polícia e as autoridades vão fazer agora para impedir que líderes da facção continuem a orquestrar crimes de dentro da prisão?