Funcionária da Petrobras Gera Polêmica com Vídeo Contra Volta ao Trabalho Presencial e Revolta Internautas!
2025-03-21
Autor: Maria
Um vídeo de uma funcionária da Petrobras criticando a proposta da estatal de reduzir o regime de home office gerou um verdadeiro tumulto nas redes sociais. A servidora, Luciana Frontin, técnica de segurança do trabalho, expôs suas preocupações sobre o retorno ao trabalho presencial, provocando reações polarizadas. Enquanto muitos a apoiam, outros ironizam suas declarações, afirmando que os servidores da estatal desfrutam de condições privilegiadas em comparação com trabalhadores de outros setores.
O vídeo, lançado na quarta-feira (19) e compartilhado pelo Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) no Instagram, mostra Luciana lendo uma carta endereçada à diretoria da empresa. Durante um evento interno sobre Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS), realizado na terça-feira (18), ela expressou sua inquietação: "A ideia de voltarmos a trabalhar três dias por semana presencialmente já me deixa preocupada, elevando meu nível de estresse e afetando minha saúde e produtividade."
A funcionária, que está na empresa há 17 anos, argumentou que a Petrobras não apresentou dados que comprovem que o trabalho remoto causou perdas na produtividade. "Se teremos prejuízos à saúde, ao menos que isso faça sentido", desabafou. Ela também ressaltou o impacto que essa decisão teria sobre mães e colaboradores que moram fora, necessitando se reorganizar.
Um dos posts críticos no X (ex-Twitter) alcançou 731,9 mil visualizações e gerou um número significativo de interações, incluindo a repercussão do prefeito do Rio, Eduardo Paes.
Além de pedir uma avaliação das necessidades dos funcionários, Luciana enfatizou a importância de criar um ambiente mais inclusivo que permita conciliar trabalho e vida pessoal de forma equilibrada.
No dia 9 de março, a Petrobras comunicou sua decisão de que, a partir de abril, todos os empregados que trabalham no modelo híbrido deverão estar presentes três dias na semana. Essa decisão foi recebida com forte resistência e levou a FUP (Federação Única dos Petroleiros) a convocar uma greve de advertência de 24 horas no dia 26 de março, em defesa do teletrabalho e por melhores condições laborais.
De acordo com a FUP, o "impacto é imenso para os petroleiros do regime administrativo". A Petrobras, em seu comunicado, esclareceu que o novo modelo busca aprimorar a integração das equipes, facilitando a gestão e contribuindo para a eficiência na entrega de resultados, especialmente em um período de expansão de projetos da estatal.
Esta mudança levanta questões sobre como as empresas lidam com os novos estilos de trabalho, e a situação da Petrobras pode servir como um importante case para discussão sobre o futuro do teletrabalho na indústria.