Mundo

Furacão Milton: A Crise Climática e Seus Efeitos Devastadores

2024-10-13

Autor: Carolina

Especialistas do Imperial College, em Londres, alertam que a crise climática amplificou os efeitos devastadores do furacão Milton, classificando os danos em pelo menos o dobro do que ocorreriam há 40 anos, em um período em que a temperatura média global era significativamente mais baixa.

Com ventos assustadores que ultrapassaram os 250 km/h, Milton alcançou a categoria cinco, a mais alta na escala Saffir-Simpson. Tragicamente, o furacão causou a morte de pelo menos 17 pessoas e forçou mais de 6 milhões a abandonarem suas casas, deixando um rastro de destruição por onde passou.

Este furacão chegou em um contexto já crítico, logo após o furacão Helene, que devastou várias regiões nos Estados Unidos e resultou em mais de 200 mortes. Os relatos do impacto do Helene ainda estão sendo analisados, mas os especialistas indicam que a frequência de eventos climáticos extremos só tende a aumentar.

A ascensão da temperatura global e o aumento da temperatura dos oceanos são fatores-chave que alimentam esse fenômeno. Os furacões se formam a partir de ciclones tropicais, onde a evaporação da água do mar em temperaturas em torno de 27°C cria um ciclo de baixa pressão, que intensifica o movimento do ar e potencializa a força do furacão.

O que é alarmante é que, à medida que os oceanos aquecem, mais vapor de água é liberado na atmosfera, intensificando a pressão e, consequentemente, o potencial destrutivo das tempestades. Os cientistas prevêem que essa tendência alarmante deve continuar, com eventos ainda mais devastadores no futuro.

A conscientização sobre as mudanças climáticas e a adaptação a essa nova realidade é mais urgente do que nunca. Precisamos, como sociedade, discutir e buscar soluções que possam mitigar os efeitos catastróficos dos furacões e das mudanças climáticas em geral.