Nação

Fuvest 2025: Abstenção de 7,12% no segundo dia de provas da 2ª fase; especialistas criticam a complexidade das questões

2024-12-16

Autor: João

O segundo dia de provas da Fuvest 2025 apresentou uma abstenção de 7,12%, um número superior ao esperado. Especialistas da área de ensino compartilharam suas análises sobre a dificuldade das questões e os conteúdos abordados.

Os professores destacaram que as questões exigiram cálculos mais aprofundados, com temas que cobrem desde juros e cálculo algébrico até geometria espacial. "Os alunos precisavam ter um conhecimento técnico sólido para conseguirem interpretar e resolver as questões", disse a educadora Vera Antunes.

Os vestibulandos se depararam com perguntas tradicionais, mas também com questões contemporâneas, como a relacionada ao estilingue gravitacional e o efeito fotoelétrico, que exigiram um conhecimento mais profundo, segundo Vera. O professor Rodrigo Araújo, da Oficina do Estudante, enfatizou que a prova manteve seu padrão habitual, com uma ênfase particular na mecânica, mas com conteúdos de outras áreas da física também presente.

A prova de química foi caracterizada como complexa, exigindo conhecimento em temas variados como fontes alternativas de energia e a composição das medalhas das Olimpíadas de Paris. "Era necessário ter uma base técnica muito bem desenvolvida para conseguir responder adequadamente", avaliou Vera Antunes.

Pietro Escobar, também da Oficina do Estudante, ressaltou que a elaboração da prova foi feita com cuidado, tentando cobrir todos os conteúdos discutidos ao longo do ensino médio de forma coerente, o que foi bem recebido por alunos bem preparados.

Na disciplina de Biologia, o professor Gustavo Camacho chamou a atenção para a contextualização com assuntos atuais, como a mpox e temas relacionados às Olimpíadas. Ele afirmou que questões de relevante importância estavam bem trabalhadas e que candidatos bem preparados não teriam dificuldade em enfrentar esses desafios.

No que diz respeito à Geografia, a prova se destacou pela exigência de conhecimentos mais aprofundados, incluindo o uso intenso de mapas e tabelas, que levou a uma comparação com provas da Unicamp, que historicamente têm sido mais complexas. "Houve um aumento nas exigências de conhecimento específico", explicou Felipe de Nóbrega.

A prova de História também se destacou pela diversidade de temas, utilizando recursos como músicas e abordando questões pertinentes, como racismo e a representação das mulheres através da história. O professor Victor Rysovas elogiou a abordagem moderna.

O exame de 2025 manteve seus horários rigorosos, com portões abertos ao meio-dia e fechamento às 13h, com uma duração total de quatro horas e um mínimo de permanência de duas horas. Para candidatos aos cursos de Artes Cênicas e Visuais, ainda haverá uma prova de competências específicas.

O tema da redação foi "As relações sociais por meio da solidariedade", com textos de apoio que incluíam referências literárias e declarações de encontros internacionais relevantes, como o G20, realizado no Rio de Janeiro.