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G20: A Utopia Política que Nem Viola Davis Consegue Vender

2025-04-10

Autor: Carolina

A Brilhante Viola Davis em Uma Trama Complicada

Viola Davis, uma das atrizes mais talentosas de Hollywood, continua a surpreender com seu papel em "G20". Com uma carreira repleta de prêmios e conquistando espaço em um ambiente muitas vezes hostil para atrizes não brancas, ela brilha em múltiplas facetas: da mãe dedicada ao líder mundial em busca de soluções para a fome global.

Desafios em um Mundo Intrigante

No filme, a presidente Sutton, interpretada por Davis, enfrenta desafios imensos, incluindo relações tensas com outros líderes, em particular o primeiro-ministro britânico, descrito por sua conselheira como um misógino. A nova presidente do FMI, por sua vez, mostra-se avessa ao plano de Sutton, movida por interesses gananciosos.

A Ação Se Intensifica

O enredo se complica ainda mais quando um ex-militar traumatizado, Rutledge, sequestra líderes mundiais durante a conferência do G20, levando a uma situação crítica e desafiadora. A premissa é envolvente, trazendo à tona as dinâmicas políticas e os conflitos de interesse entre as figuras mais poderosas do mundo.

Um Roteiro Promissor, Mas com Falhas

"G20", escrito por um time executivo, começa bem ao expor as complexidades das relações políticas. Contudo, o filme, dirigido por Patricia Riggen, peca pela falta de ritmo nas cenas de ação. Momentos críticos da trama são cortados por subtramas que não capturam o mesmo poder, diluindo a intensidade dos confrontos.

Um Final Frustrante para Um Grande Potencial

A intenção de mostrar Sutton como uma heroína que une forças para criar um mundo melhor é admirável, mas o desfecho é absurdamente otimista. O filme se afasta da crueza da realidade política e apressa-se para os créditos, deixando a sensação de uma utopia política não apenas difícil de engolir, mas também de acreditar.

Um Reflexo de Uma Fantasia Impossível

Embora a ideia de usar o cinema como um veículo para vender fantasias de poder seja válida, "G20" tropeça ao apresentar uma fantasia que se opõe à realidade. A representação de poder solidário carece de autenticidade, e apesar do talento indiscutível de Davis, o filme falha em colocar o peso dessa responsabilidade em seus ombros.