A atriz Gal Gadot, famosa por seu papel como Mulher-Maravilha, compartilhou em suas redes sociais que foi diagnosticada com um "coágulo sanguíneo maciço" no cérebro durante a gestação de sua quarta filha, nascida em fevereiro deste ano. A notícia chocou fãs e colegas, especialmente porque aconteceu no oitavo mês de gravidez, levando a atriz a uma cirurgia de emergência.

Ao desabafar sobre o período difícil que enfrentou, Gal afirmou: "A gravidez não foi fácil". Muitos se perguntam acerca dos riscos associados a essa condição, especialmente para gestantes. Vamos entender melhor o que aconteceu.

O neurologista Fidel Meira, especialista da Unimed-BH e presidente da Sociedade Mineira de Neurologia, explica que o risco de formação de coágulos é significativamente elevado durante a gravidez e o período pós-parto. Ele afirma que "o coágulo sanguíneo é uma trombose venosa cerebral", uma condição que ocorre quando um coágulo se forma nas veias que drenam o sangue do cérebro, aumentando a pressão intracraniana e causando sintomas neurológicos perigosos.

Nos primeiros seis meses após o parto, a vulnerabilidade a essa condição é acentuada devido às alterações hormonais. Estudos indicam que a prevalência da trombose venosa cerebral é de cerca de 1,5 a 2 casos por 100 mil pessoas anualmente, mas esse número pode subir para 3 por 100 mil entre mulheres jovens, principalmente em razão da gravidez e uso de contraceptivos orais.

Os fatores de risco incluem diversos aspectos, como a própria gravidez, uso de anticoncepcionais, infecções, traumas cranianos e certas cirurgias. Mulheres com doenças autoimunes, trombofilias hereditárias, obesidade e síndrome antifosfolipídica estão em um grupo ainda mais vulnerável.

Os sintomas de um coágulo no cérebro variam, mas dor de cabeça intensa é o mais comum, geralmente agravada por sinais neurológicos como alterações visuais, dificuldades de fala e fraqueza corporal. Segundo o Dr. Meira, em casos de dores de cabeça persistentes que não melhoram, é vital buscar atendimento médico imediatamente.

Quanto ao tratamento, embora Gal tenha necessitado de uma intervenção cirúrgica, na maioria dos casos o tratamento inicial é feito com anticoagulantes, como heparinas, seguidos pelo início de anticoagulantes orais. Em situações mais sérias, quando há risco de hérnia cerebral, intervenções cirúrgicas podem ser necessárias.

A história de Gal Gadot destaca a importância de estar atenta aos sinais do corpo e buscar ajuda médica quando necessário. A saúde da mulher durante e após a gravidez é um assunto que requer atenção e cuidados especiais. Quem sabe isso incentive outras mulheres a ficarem atentas à sua saúde, especialmente em momentos delicados como a gestação.