Nação

Gilmar Mendes denuncia militares como responsáveis pelos atos golpistas: A verdade revelada!

2025-01-04

Autor: Lucas

Em uma declaração contundente ao UOL, o ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), fez pesadas acusações sobre o papel dos militares na política brasileira, classificando-os como "causa" dos recentes atos golpistas relacionados à Organização Criminosa de Jair Bolsonaro. Ele exigiu uma resposta clara acerca da presença militar nas estruturas de poder do país.

Mendes comentou: "A presença de militares na política permanece sem resposta. Até agora, não houve a reação necessária sobre os problemas que, possivelmente, motivaram os atos de 8 de janeiro." O ministro recordou a conivência dos militares com os acampamentos bolsonaristas diante dos quartéis, que clamavam por um golpe de Estado, e questionou como a situação teria sido diferente se outros grupos sociais, como o MST, estivessem na mesma posição.

Além disso, o ministro rebateu a interpretação enganosamente favorável do artigo 142 da Constituição, sustentada por bolsonaristas, que defendia que as Forças Armadas poderiam atuar como um "poder moderador". Para fortalecer seu ponto, Mendes mencionou o ex-comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, como uma figura chave nesse contexto, ligado ao golpe que destituiu Dilma Rousseff e à condenação irregular de Lula no escândalo da Lava Jato.

A relação entre os militares e a tentativa de golpe de Bolsonaro é complexa e envolve figuras como o general Walter Braga Netto, apontado como articulador da mesma Organização Criminosa, que vê paralelos entre a tentava de ação golpista atual e os eventos que resultaram na queda de Dilma em 2016. Recentemente surgiram novas provas da articulação entre Braga Netto e Villas Bôas, que incluíam até conversas sobre reações e posicionamentos de outros generais.

Em um incidente revelador, Braga Netto relatou um encontro entre Villas Bôas e o atual comandante do Exército, general Tomás Paiva, em termos bastante críticos. Essa troca de farpas entre militares destaca a fissura existente dentro das Forças Armadas, em relação ao apoio ao governo e a suas tentativas de desestabilização.

O clima de tensão e incerteza nas Forças Armadas é palpável, com muitos oficiais se dividindo sobre a lealdade a Bolsonaro ou a proteção da democracia. No entanto, a questão que mais intrigou Mendes foi a falta de ação efetiva dos superiores em relação a movimentos que clamavam por intervenção militar. "Se o MST tivesse se instalado diante dos quartéis, qual teria sido a reação?", questionou o ministro.

O debate sobre a influência militar na política brasileira está intensamente em pauta, e as declarações de Mendes propõem um desafio direto à narrativa golpista que ainda prega a necessidade de intervenção das Forças Armadas no processo democrático.

Em uma época em que o país se encontra em uma encruzilhada, com tensões sociais e políticas à flor da pele, a verdadeira posição dos militares e sua conexão com os eventos mais recentes não apenas coloca em xeque as instituições democráticas, mas também revela um cenário que pode prejudicar a estabilidade do Brasil nos próximos anos.

Fique atento para mais desenvolvimentos sobre esse assunto crucial que pode moldar o futuro da nossa democracia!