Neste sábado (7 de dezembro de 2024), a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, fez duras críticas à proposta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores, que defendem a anistia para os que participaram dos atos de 8 de janeiro de 2023.

Em declaração feita em 28 de novembro, Bolsonaro argumentou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deveriam considerar a proposta de anistia como um caminho para pacificar o país. Gleisi, no entanto, não concorda e expressou que essa ideia representaria uma grave afronta à democracia.

"Estamos lidando com pessoas que não têm apreço pela democracia e não podem ficar sem punição. Já ouvi Bolsonaro dizendo que a anistia traz paz. A paz que eles desejam é a paz dos cemitérios, e preferencialmente, com todos nós lá. É inaceitável! Queriam matar o Lula, isso é muito sério!", afirmou Gleisi em uma entrevista à imprensa após reunião do Diretório Nacional do PT em Brasília.

Gleisi argumentou que é fundamental punir os responsáveis pela tentativa de golpe que ocorreu em janeiro de 2023, destacando que a falta de punição em relação ao golpe militar de 1964 gerou problemas significativos na política brasileira. "A história nos mostra que a impunidade gera mais violência e desrespeito às instituições. Precisamos corrigir essa narrativa para garantir um futuro democrático sólido", completou.

A proposta de anistia gerou ampla controvérsia e discussões acaloradas em toda a sociedade brasileira, refletindo as divisões políticas que ainda persistem após as eleições. Especialistas alertam que a aceitação da anistia pode ter impactos duradouros na compreensão de responsabilidade e justiça no Brasil.