Nação

Gleisi Hoffmann critica Globo por defesa de Lula: 'O que mais eles querem abafar?'

2024-12-16

Autor: Julia

Contexto das Críticas de Gleisi Hoffmann

A presidente do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) não poupou críticas ao programa Fantástico da TV Globo nesta segunda-feira (16 de dezembro de 2024). Durante uma declaração incendiária, ela contestou a afirmação da emissora de que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve direito de defesa ao longo do processo judicial que o resultou em prisão em 2018, relacionado à polêmica cobertura no Guarujá.

"Foi uma tentativa desesperada de reescrever a história!", afirmou Hoffmann, lembrando que o então juiz Sérgio Moro, atualmente senador, havia negado reiteradamente pedidos de perícias e a produção de provas que poderiam ter favorecido Lula. "Esse direito de defesa que eles mencionam era simplesmente uma ilusão. Como se pode falar em defesa quando a justiça foi tão tendenciosa?"

Declarações de Lula no Fantástico

Essa declaração de Gleisi veio após a entrevista de Lula no Fantástico, onde ele também expressou preocupações sobre a situação atual do ex-vice-presidente Walter Braga Netto, que foi preso no último sábado (14 de dezembro) por suspeitas de obstruir investigações da Polícia Federal sobre um plano de golpe de Estado. Lula declarou que, embora Braga Netto devesse gozar da "presunção de inocência", algo que ele próprio não teve, espera que, caso as acusações se provem verdadeiras, os responsáveis sejam severamente punidos.

"Fiquei chocado. Eu quero que eles tenham o direito de defesa, o que eu não tive. Mas se as acusações forem verdadeiras, devem ser punidos drasticamente, servindo de exemplo para todos os brasileiros!", acrescentou Lula.

O Ponto de Vista de Lula sobre Seu Julgamento

Quando questionado sobre sua própria falta de direito de defesa durante o julgamento, Lula reiterou: "Eu não tive direito de defesa. Fui preso de antemão e só depois consegui me defender. Isso não se pode esquecer!"

Reação do Fantástico e Contexto Político

O programa Fantástico, em sua tentativa de retificar a declaração, destacou que Lula participou de todas as etapas do julgamento e que, na época, o entendimento do Supremo Tribunal Federal permitia a prisão após condenação em segunda instância. Contudo, essa narrativa se esquece das ambiguidades e incertezas que marcaram a operação Lava Jato e suas consequências para a política brasileira.

Considerações Finais sobre a Justiça no Brasil

Com o clima político cada vez mais tenso e polarizado, esses eventos reacendem o debate sobre a justiça no Brasil e a necessidade de uma reforma que garanta direitos iguais a todos os cidadãos, especialmente em tempos de turbulências políticas. Afinal, é fundamental que a história seja contada de forma justa e transparente, longe de tentativas de censura que apenas aprofundam a divisão no país.