Tecnologia

Google Resiste à Pressão do Departamento de Justiça dos EUA para Vender o Chrome

2024-12-21

Autor: João

Na última sexta-feira (20), o Google apresentou uma forte defesa contra a exigência do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que busca que a gigante da tecnologia venda o navegador Chrome. O órgão argumenta que o Google criou um monopólio sobre os mecanismos de busca na internet, prejudicando a concorrência. Em resposta, o Google propôs um documento com 12 páginas, sugerindo alternativas menos drásticas, como limitar acordos de distribuição com empresas parceiras e acabar com a obrigatoriedade de pré-instalação de aplicativos em dispositivos.

Desde 2020, o Google enfrenta uma batalha judicial com o governo dos EUA, que acusa a empresa de monopolização ilegal no setor de buscas e publicidade. O Departamento de Justiça destaca que o Google promove concorrência desleal contra rivais como Apple, Mozilla e Samsung, que também dependem do mercado de buscas online.

Principais Pontos:

- As propostas da disputa vão ser avaliadas em um julgamento agendado para abril de 2025.

Medidas Propostas pelo Google para Manter o Chrome

O embate jurídico começou em 2020, quando o Departamento de Justiça processou o Google com a alegação de que a companhia estaria controlando ilegalmente o setor de buscas e publicidade online. A solução, segundo o governo, seria a venda do Chrome, que atualmente lidera o mercado de navegadores. O Google, por outro lado, contesta essa solução e argumenta que existem alternativas menos drásticas.

O documento de 12 páginas sugere:

1. **Limitação de Acordos de Distribuição**: Isso significaria que os serviços do Google não seriam os únicos disponíveis para fabricantes de dispositivos eletrônicos, promovendo maior concorrência.

2. **Revogação da Pré-instalação de Aplicativos**: Os dispositivos Android poderiam vir sem apps pré-instalados como o Google e o Google Play, dando mais liberdade ao usuário sobre quais aplicativos instalar.

O Departamento de Justiça também ressaltou os acordos financeiros que o Google firmou com empresas como Apple, garantindo que seu mecanismo de busca fosse o padrão em dispositivos. Essas práticas são vistas como estratégias para manter seu domínio sobre concorrentes.

Além disso, o Google é conhecido por seu rigoroso controle sobre os dados dos usuários, que são utilizados para aprimorar seus serviços e criar uma base de clientes fidelizada. O governo já pediu que a empresa compartilhasse com os concorrentes os dados de buscas, à qual o Google respondeu que se limitou a oferecer um produto superior.

O destino do Chrome e potencialmente de outros serviços do Google ainda está em aberto, com o julgamento previsto para abril de 2025. Essa disputa pode moldar o futuro da concorrência na tecnologia e na publicidade digital, impactando bilhões de usuários e empresas ao redor do mundo.