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Governo brasileiro implementa medida polêmica que promete aumentar arrecadação em R$ 16 bilhões para os bancos em 2025!

2024-10-03

Autor: Carolina

O governo brasileiro adotou recentemente uma medida controversa que poderá elevar a arrecadação federal em impressionantes R$ 16 bilhões no próximo ano. Esta mudança de regra, publicada em uma edição extra do Diário Oficial da União, é motivo de debate entre especialistas e a população.

Na prática, a nova determinação altera o período em que os bancos poderão reconhecer créditos tributários, permitindo que paguem menos impostos devido à inadimplência. Originalmente, a legislação estipulava que as deduções iniciariam a partir de 1º de janeiro de 2025, com um prazo de três anos para serem efetivadas, o que poderia resultar em uma considerável perda de arrecadação para o governo.

Com a nova medida, no entanto, o início das deduções foi prorrogado para 1º de janeiro de 2026, com um prazo de até dez anos para serem utilizadas. Em 2025, os bancos serão obrigados a pagar os tributos integralmente, sem os descontos, o que impacta positivamente na arrecadação federal no curto prazo.

Os principais impostos afetados por essa nova regra são a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) e o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), ambos incidindo sobre os lucros das empresas. A CSLL é fundamental para o financiamento da seguridade social, enquanto o IRPJ é crucial para o orçamento federal.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, projeta um crescimento do PIB superior a 3%, e essa medida está alinhada com a meta do governo de alcançar um déficit zero. No entanto, o impacto total da arrecadação de R$ 16 bilhões não está inclusa na proposta do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para o próximo ano.

Claudia Pimentel, subsecretária da Receita Federal, explicou que o impacto na arrecadação será mais significativo em 2025, já que as deduções só poderão ser feitas a partir de 2026. Ela ressalta que "A arrecadação de R$ 16 bilhões decorre do alongamento do reconhecimento da despesa", e embora a medida pareça vantajosa agora, tende a ser neutra a longo prazo.

O governo alega que a proposta foi sugerida pelo Banco Central, com o apoio do Ministério da Fazenda, com o objetivo de proporcionar uma "transição mais suave" nas regras para os bancos. No entanto, essa mudança gera apreensão, pois muitos se perguntam se os bancos realmente serão beneficiados ou se isso acarretará consequências negativas para a economia como um todo.

Vinícius Brandi, subsecretário de Reformas Microeconômicas, ponderou sobre a situação, afirmando que a flexibilidade nas regras é mais vantajosa para os bancos do ponto de vista regulatório, evitando punições por parte do Comitê de Basileia, que estabelece normas internacionais para práticas financeiras saudáveis entre instituições bancárias.

Enquanto os bancos parecem estar saindo ganhando com a medida, especialistas alertam que é preciso acompanhar como isso afetará a economia e a arrecadação a longo prazo. O cenário é incerto, e o debate sobre a justiça e a eficácia dessa medida está apenas começando!