Governo Intensifica Investigação Após Indiciamentos de Seguranças de Lula
2024-11-23
Autor: Matheus
Após a prisão de Soares e quatro membros das Forças Especiais, conhecidos como "kids pretos", na terça-feira (19), o cenário político brasileiro se tornou ainda mais tenso. Na quinta-feira (21), um total de 37 indivíduos, incluindo os cinco detidos e o ex-presidente Jair Bolsonaro, foram indiciados no inquérito que investiga um plano de golpe. Este plano envolvia a tentativa de assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que era alvo de monitoramento constante.
O governo agora está realizando um pente-fino na segurança de Lula para descobrir quais seguranças podem ter estado envolvidos em ações criminosas. As investigações tentam determinar se o monitoramento realizado pelos golpistas já ocorria antes do período oficialmente identificado pela Polícia Federal. Evidências indicam que Lula estava sendo monitorado logo após a sua eleição, durante a fase de transição entre novembro e dezembro de 2022.
Uma das medidas adotadas foi a análise detalhada do histórico e das ações dos agentes responsáveis pela segurança de Lula. Muitos dos seguranças eram próximos ao petista desde seu período de encarceramento em Curitiba, entre 2018 e 2019. No entanto, alguns desses agentes foram designados pela Polícia Federal, assim como para outros candidatos, e este segundo grupo é considerado o principal foco da investigação. Andrei Rodrigues, atual diretor-geral da PF, era o responsável pela segurança durante as eleições, uma escolha direta do presidente.
As apurações revelaram que Soares fornecia informações sobre a rotina de Lula a pessoas ligadas a Bolsonaro. Segundo a decisão do ministro Moraes, que autorizou as prisões, o agente teve acesso a informações que poderiam auxiliar em ações mais amplas, caso o decreto de um golpe de Estado fosse legitimado. A repercussão dessas informações continua a abalar a confiança nas instituições e suscita preocupações sobre a segurança do atual governo.
Essas revelações lançam uma sombra sobre a integridade das forças de segurança do Brasil e aumentam a pressão sobre o governo para que sejam implementadas medidas que protejam Lula e outros líderes políticos de possíveis ameaças.