Governo Lula planeja novos cortes fiscais em 2025 para manter a estabilidade econômica
2025-01-13
Autor: Fernanda
O cenário fiscal do Brasil pode passar por novas mudanças em 2025, de acordo com Dario Durigan, secretário executivo do Ministério da Fazenda. Em recente entrevista ao jornal O Globo, Durigan revelou que a equipe econômica está se preparando para apresentar novas medidas fiscais que visam garantir a adesão às normas do arcabouço fiscal.
Durigan destacou que entre os temas que serão discutidos ao longo do ano estão a limitação dos supersalários e a definição de uma idade mínima para a reserva remunerada dos militares, questões que têm gerado debates acalorados na sociedade. "Estamos sempre avaliando as questões e estudando quais medidas precisam ser corrigidas. Se houver políticas públicas que estejam fora do prumo, vamos ajustá-las para que os gastos se mantenham dentro da nova regra fiscal", afirmou Durigan, demonstrando determinação em manter o controle das contas públicas.
Ele também ressaltou a importância da aprovação do orçamento de 2025 como prioridade para tratar desse assunto. Durigan mencionou que o novo texto orçamentário deverá incluir cortes de gastos que já foram aprovados no final do ano passado. "Algumas medidas que estavam sendo criticadas por não estarem previstas no orçamento estarão presentes, como o programa Pê-de-Meia e o Auxílio-Gás", explicou.
Na análise de Durigan, o arcabouço fiscal implementado é eficaz, mas as expectativas em relação ao desempenho econômico precisam ser ajustadas. "É legítimo que tenhamos que dar novos passos para garantir que as expectativas estejam mais alinhadas com os resultados que estamos entregando", comentou.
O foco do governo nos supersalários continua firme, com a orientação de iniciar a revisão de gastos começando pelas altas remunerações do setor público. Durigan também mencionou a intenção de reabrir o debate sobre os privilégios associados a estas remunerações. "Esperamos aprovar a idade mínima para os militares e aumentar a contribuição para a saúde", disse Durigan, sinalizando que o governo está comprometido em equilibrar as finanças públicas.
Em 2024, o pacote de gastos do governo enfrentou dificuldades no Congresso, onde passou por modificações que reduziram as despesas previstas. As alterações feitas pelo Legislativo diminuíram a estimativa em R$ 1 bilhão, passando de R$ 71,9 bilhões para os anos de 2025 e 2026. O Congresso manteve intactos os supersalários do Judiciário e do Ministério Público, tema que deve voltar à pauta de discussões.
As medidas que estão em debate são cruciais não apenas para equilibrar as contas do país, mas também para garantir a confiança dos investidores, especialmente em um cenário econômico global volátil e incerto, o que levanta a questão: até onde o governo está disposto a ir para implementar essas reformas e que impacto isso terá na vida dos brasileiros?