Governo perdeu a chance de cortar gastos; Galípolo assume BC em um cenário de juros em alta
2024-11-25
Autor: Mariana
O governo brasileiro, liderado pelo presidente Lula, parece ter perdido o momento crucial para implementar um corte de gastos efetivo e assim adiar os benefícios que isso poderia trazer para a economia.
De acordo com uma análise, o ideal seria que o pacote de medidas econômicas fosse anunciado logo após as eleições municipais, uma ação que poderia suavizar os efeitos adversos que estamos vendo atualmente.
O dólar, por exemplo, disparou nas últimas semanas, contribuindo para uma pressão inflacionária. Essa alta da moeda americana fez com que o Banco Central adotasse uma postura mais agressiva em relação ao aumento das taxas de juros, indicando que o ciclo de aperto monetário poderá se prolongar mais do que se imaginava inicialmente.
Nos planos originais do governo, Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central, assumiria o comando da instituição em janeiro com uma expectativa otimista: retomar os cortes na Selic logo no início do ano.
Contudo, com a situação econômica atual, as perspectivas se tornaram mais sombrias, e a tendência agora é de manter os juros elevados por um período maior.
Nesta segunda-feira (25), Lula se reunirá com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para finalizarem as medidas que deverão ser anunciadas na terça-feira (26).
Especialistas sugerem que a equipe econômica precisa urgentemente de um plano que não apenas estabilize a situação do país, mas também promova uma recuperação econômica real, revertendo a trajetória de alta dos juros e, consequentemente, da inflação.
Como isso será feito? O futuro da economia pode depender das decisões tomadas nos próximos dias.