Governo Planeja Cortar R$ 10 Bi em Benefícios de Energia Solar e Eólica para Aumentar Tarifa Social
2025-04-16
Autor: Julia
Mudanças na Tarifa Social de Energia
Uma proposta audaciosa do governo brasileiro está em pauta: um plano que visa cortar R$ 10 bilhões em benefícios concedidos às energias eólica e solar. Essa redução se destina a ampliar a tarifa social, que promete aliviar as contas de energia de até 60 milhões de pessoas.
Próximos Passos e Impactos
O projeto foi apresentado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e agora segue para apreciação no Congresso Nacional. O objetivo é extinguir gradualmente os descontos atuais para quem utiliza essas fontes de energia renovável, custeando assim a expansão da tarifa social. Atualmente, esses benefícios custam R$ 10 bilhões ao Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
Como a Nova Medida Funciona?
Os beneficiários que já recebem os descontos continuarão a desfrutar do auxílio até o fim de seus contratos. O MME ressalta que essas alterações visam equilibrar o setor de energia e, ao mesmo tempo, compensar R$ 4,5 bilhões em custos que poderiam pressionar a CDE devido a esses descontos.
O Que Significa para os Consumidores?
Essa medida pode significar um aumento de até 1,43% na conta de luz dos consumidores em geral, um impacto imediato, enquanto os cortes nos benefícios ocorrerão de maneira faseada. A nova tarifa social promete criar condições mais vantajosas para quem consome até 80 kWh por mês, o que equivale ao consumo de uma residência típica com eletrodomésticos comuns.
Benefício Ampliado para Mais Famílias
Estima-se que cerca de 17 milhões de famílias, totalizando 60 milhões de pessoas, estão registradas no Cadastro Único. Entre elas, 4,5 milhões poderão ter suas contas de energia zeradas. O novo formato da tarifa social eliminará os descontos graduais, proporcionando alívio total para os que consomem até 80 kWh.
Divergências no Governo e Compromissos
Em meio a este cenário, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assegurou que a ampliação da tarifa social conta com o apoio do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, demonstrou desconhecimento sobre a proposta, gerando confusão em torno da comunicação interna do governo.
Esse desencontro de informações destaca a complexidade das medidas e das conversas sobre financiamento. Silveira, em defesa da coesão do governo, afirmou que tudo isso foi uma 'falha de comunicação', e que agora o projeto possui a avaliação e aprovação necessárias para seu avanço.