Um Sinal de Esperança para os Cafés Brasileiros

William Murray, presidente da National Coffee Association (NCA), revelou que o governo dos EUA acolheu positivamente o pedido para isentar o café das tarifas de importação. A declaração foi feita durante uma videoconferência no 30º Encontro do Café realizado em Campinas (SP), promovido pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic).

O Impacto das Tarifas no Café Brasileiro

Em 2 de abril, Donald Trump anunciou um tarifaço, que afetou diretamente o café brasileiro, impondo uma taxa de 10%. Antes disso, o cônsumer americano desfrutava de tarifas zeradas para a importação do grão verde.

EUA e Brasil: Uma Parceria que Move Bilhões

Os Estados Unidos lideram o consumo de café global, e o Brasil, por sua vez, se destaca como o maior fornecedor. Murray enfatizou a importância dessa relação comercial, destacando que menos de 1% do café consumido nos EUA é cultivado localmente, o que reforça a dependência dos grãos importados.

Impacto Econômico do Setor de Café nos EUA

O setor cafeeiro é responsável por impressionantes 2,2 milhões de empregos nos EUA, gerando cerca de 38 bilhões de dólares em impostos e movimentando 343 bilhões de dólares na economia. "Mudanças nas tarifas podem impactar diretamente os preços, causando pressão adicional aos consumidores. Um aumento de 10% nas tarifas pode refletir um aumento correspondente nos custos para quem compra café”, comentou Murray.

A Tarifa: Desigualdade Global no Comércio de Café

O Brasil e a Colômbia são os principais fornecedores de café arábica, com uma taxa de 10% nas tarifas. Outros países, como Vietnã e Indonésia, enfrentaram tarifas mais altas, respectivamente 46% e 32%. Contudo, em 9 de abril, Trump decidiu reduzir essas tarifas para 10% por 90 dias, excluindo apenas a China.

O Café Premiado do Brasil e Seu Impacto Internacional

Com o reconhecimento crescente do café especial brasileiro no exterior, esta situação de tarifas pode resultar em repercussões significativas para produtores locais e consumidores globais. O futuro do café brasileiro no mercado internacional depende agora das decisões do governo americano.