Negócios

Greve em portos dos EUA é encerrada após pressão da Casa Branca e nova oferta salarial de 62%

2024-10-04

Autor: Pedro

Greve encerrada após nova proposta salarial

Uma greve que paralisou os portos dos Estados Unidos por três dias, afetando o transporte marítimo da Costa Leste à Costa do Golfo, chegou ao fim na última quinta-feira (3). Acordos entre estivadores e empregadores resultaram em uma nova oferta que promete um impressionante aumento salarial de 62% ao longo de seis anos.

De acordo com informações de duas fontes próximas às negociações, essa nova proposta elevará os salários médios dos estivadores de aproximadamente US$ 39 para cerca de US$ 63 por hora. O resultado foi uma vitória significativa para os trabalhadores, que viam suas condições de trabalho e salários em evidência diante da crescente inflação e aumento do custo de vida.

Impactos da paralisação

A paralisação temporária interrompeu o fluxo de mercadorias, impactando desde supermercados, que estavam com estoques de bananas ameaçados, até fábricas dependentes de componentes e veículos em seus processos produtivos. O The Wall Street Journal destacou que esta nova proposta salarial, superior ao aumento anterior de 50%, surgiu após a pressão tanto pública quanto privada da Casa Branca sobre as maiores empresas de navegação e operadores de terminais.

Reações e declaração de Joe Biden

O presidente Joe Biden elogiou o desfecho das negociações, afirmando que "a negociação coletiva é vital para construir uma economia mais forte e justa". Este acordo marca um momento crucial em um cenário onde a economia norte-americana enfrenta desafios recorrentes, como a pandemia de COVID-19 e as dificuldades nas cadeias de suprimento.

Condições durante a greve

Durante a greve, pelo menos 45 navios porta-contêineres estavam ancorados aguardando para descarregar suas cargas nos 36 portos afetados, que incluem cidades importantes como Nova York, Baltimore e Houston. Essa situação levantou preocupações sobre as possíveis repercussões econômicas, embora economistas tenham indicado que a curto prazo, o impacto sobre a inflação do consumidor seria mínimo, já que as empresas tinham acelerado os envios de bens essenciais nos meses anteriores.

Perspectivas futuras

No entanto, alertaram que, em caso de uma paralisação prolongada, as pressões sobre os preços dos alimentos e outros itens essenciais poderiam ser inevitáveis. O resultado dessa negociação será fundamental para a saúde econômica dos Estados Unidos e para o futuro das relações trabalhistas nos setores portuários.