O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi nomeado como um dos cinco membros do conselho fiscal da Eletrobras, recebendo uma remuneração de R$ 12,6 mil por mês, totalizando R$ 151,2 mil anuais.

Esses dados são de interesse público, visto que a Eletrobras é uma empresa de capital aberto. O conselho fiscal se reúne mensalmente e tem a função de fiscalizar o cumprimento das obrigações legais e estatutárias por parte dos administradores, diferentemente do conselho de administração, que possui poder decisório.

A Eletrobras realizou a devida análise de integridade e não encontrou conflitos de interesse relacionados à nomeação de Mantega, o que lhe permite assumir este papel, caso a assembleia de acionistas aprove o acordo que fortalece a participação do governo nos conselhos da companhia.

Recentemente, a empresa enfrentou um pequeno revés no mercado, com suas ações caindo mais de 2% após o anúncio das indicações do governo Lula, refletindo a apreensão dos investidores quanto à possibilidade de interferência política na gestão da companhia. Essa situação levanta questões sobre a estabilidade dos investimentos na Eletrobras, principalmente em um cenário já desafiador para as estatais no Brasil.

Analistas do mercado financeiro destacam que a entrada de Mantega, conhecido por sua experiência no setor econômico, poderá trazer uma perspectiva valiosa para o conselho fiscal, embora a participação dele não interfira diretamente nas decisões da gestão diária da empresa. Essa estabilidade é crucial considerando o atual clima de incertezas econômicas que o Brasil enfrenta.