Os Estados Unidos acusam hackers vinculados ao governo chinês de terem invadido o sistema do Departamento do Tesouro americano, conseguindo acesso a documentos não confidenciais. O governo chinês nega firmemente as alegações.

A descoberta deste ataque cibernético foi revelada pela agência de notícias Reuters na segunda-feira, 30 de dezembro de 2024. Segundo informações preliminares, a invasão ocorreu no início de dezembro e os hackers teriam conseguido a entrada no sistema do Tesouro por meio de uma empresa de segurança cibernética, a BeyondTrust, que fornece serviços para o governo americano.

O governo dos EUA divulgou uma carta que detalha o incidente, revelando que os invasores conseguiram obter a chave necessária para acessar o serviço em nuvem, utilizado pela BeyondTrust para dar suporte técnico aos escritórios do Tesouro.

"Com o acesso à chave roubada, os hackers conseguiram superar os protocolos de segurança e acessar remotamente as estações de trabalho dos funcionários do Departamento do Tesouro, obtendo documentos não confidenciais", destaca a carta, que atribui a responsabilidade pela invasão ao governo chinês.

A BeyondTrust notificou o governo americano sobre o vazamento de informações no dia 8 de dezembro. A CISA (Agência de Infraestrutura e Segurança Cibernética) e o FBI estão atualmente avaliando a gravidade dessa violação de segurança.

A China, por sua vez, rejeitou as acusações, com a porta-voz do governo, Mao Ning, afirmando à Reuters que o país "sempre se opôs a qualquer forma de ataque hacker". Um porta-voz da embaixada chinesa nos EUA também refutou a responsabilidade pela invasão, alegando que as acusações de Washington são infundadas.

Esse incidente ocorre em um momento de crescente tensão nas relações entre os EUA e a China, com preocupações crescentes sobre a segurança cibernética e a proteção de informações sensíveis. Especialistas em segurança ressaltam que ataques cibernéticos estão se tornando uma ferramenta cada vez mais comum em disputas geopolíticas, e a necessidade de reforço nas defesas digitais é mais urgente do que nunca. O que mais pode estar em jogo nesta nova batalha virtual entre potências? Fique atento às atualizações!