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Haddad Anuncia Corte de Gastos; Pacote Fiscal Será Revelado Esta Semana com Reunião Decisiva de Lula

2024-11-25

Autor: Ana

O cenário financeiro do Brasil promete mudanças significativas, pois o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou nesta segunda-feira que um pacote fiscal será oficialmente anunciado ainda esta semana. Entretanto, ele deixou claro que a escolha do dia e da hora do anúncio depende das deliberações do Congresso Nacional.

O ministro se pronunciou após uma reunião matinal com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onde confirmaram que o pacote está totalmente redigido e pronto para ser apresentado.

"Já está tudo pronto. Vamos encaminhar a remessa à Casa Civil com certeza nesta semana. O timing da apresentação, no entanto, depende do Congresso", destacou Haddad. O ministro confirmou que os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, serão informados antes do anúncio oficial.

Este esperado pacote fiscal inclui uma proposta de emenda à Constituição e um projeto de lei complementar, focando principalmente em combater os supersalários dentro do Executivo. Haddad espera que todos os projetos sejam aprovados ainda este ano.

Um dos principais pontos discutidos foi a necessidade de reduzir as despesas do governo. De acordo com Haddad, a alteração na atualização do salário mínimo, que poderia permitir um ganho real de no máximo 2,5% e o mínimo de 0,6%, é uma das medidas cruciais para conter o aumento das despesas fiscais nos próximos anos.

Além disso, o pacote também propõe uma revisão nos programas sociais, incluindo um pente-fino no Bolsa Família e no Benefício de Prestação Continuada (BPC), que visa garantir que os recursos cheguem de forma eficiente aos necessitados.

As reuniões no Palácio do Planalto contaram com a presença de outros quatro ministros, e segundo fontes, as estimativas apontam para uma economia de R$ 25 a R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026. Tais números são fundamentais para a saúde fiscal do Brasil, especialmente em um período pós-pandemia, onde os desafios econômicos são enormes.

O governo também descartou qualquer mudança nas regras do FGTS e nas concessões de seguro-desemprego, reafirmando seu compromisso com a proteção dos trabalhadores desempregados.

Esta nova fase de austeridade fiscal gerou um misto de otimismo e preocupação entre líderes no Congresso e nas bases sociais, com muitos questionando se o corte de despesas não afetará os mais vulneráveis, em especial durante tempos de crise.

Com as movimentações em curso, o país se prepara para um anúncio que poderá moldar a economia brasileira nos próximos anos e que irá exigir um amplo debate e aprovação no Congresso.