(Reuters) – Fernando Haddad, o Ministro da Fazenda, surpreendeu a todos nesta segunda-feira (14) ao afirmar que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ajustar mais uma vez a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024.

Recentemente, o Ministé rio da Fazenda havia elevado a estimativa de crescimento econômico do Brasil em 2024 para 3,2%, uma melhoria significativa em relação à previsão anterior de 2,5%. “É provável que revisemos novamente a expectativa do PIB deste ano", declarou ele durante o evento Macro Day, promovido pelo Itaú BBA.

Haddad também destacou que a inflação deste ano deverá permanecer dentro dos limites da banda de tolerância da meta, apesar de alguns choques recentes na economia. Ele mencionou a grave crise hídrica que afeta a produção de alimentos e energia elétrica, e as desastrosas consequências que isso teve no Rio Grande do Sul. “Apesar de todos esses impactos, há uma expectativa de que a inflação se mantenha sob controle", afirmou.

O ministro enfatizou que, se o governo agir inteligentemente ao ajustar e limitar as despesas públicas, além de garantir receitas, o Brasil poderá crescer de forma sustentável. Ele ainda criticou os altos juros reais pagos pelo Tesouro Nacional, que se situam entre 6,5% e 7% para os investidores dos títulos da dívida pública, classificando essa situação como “irracional".

De acordo com Haddad, o país apresenta um déficit fiscal bem abaixo do que tinha anteriormente, o que reduz o impulso fiscal na economia. Apesar do cenário otimista, ele alertou que os acordos feitos pelo Senado para desonerar a folha de pagamento das empresas não serão suficientes para atender às exigências do Supremo Tribunal Federal. Assim, um debate urgente com o Congresso será necessário até o final do ano.

O ministro ainda manifestou confiança em que o governo pode esperar “boas surpresas” para 2025, insistindo que a manutenção de uma estrutura fiscal robusta será crucial para alcançar o grau de investimento desejado.

No entanto, Haddad levantou dúvidas sobre a viabilidade de enviar ainda este ano uma proposta de reforma do Imposto de Renda ao Congresso Nacional, alegando que a proposta precisa ser neutra em relação às alíquotas e que os estudos necessários exigem mais tempo do que algumas semanas.

Em meio a uma atmosfera econômica incerta, todos os olhos estão voltados para as próximas decisões do governo, que podem moldar o futuro econômico do Brasil nos próximos anos. Será que nesta corrida contra o tempo para implementar reformas fundamentais, o país conseguirá reverter sua situação e colher frutos reais? O que você acha? Deixe sua opinião!