Um alto representante do Hamas anunciou que o grupo preparou uma lista de 34 reféns israelenses para serem devolvidos, numa possível negociação de cessar-fogo. A declaração veio como parte de um esforço renovado para encerrar a guerra que já dura 15 meses entre Israel e o Hamas.

No entanto, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu rapidamente negou essa informação, afirmando que o Hamas não havia apresentado tal lista. Este impasse destaca as dificuldades nas negociações, que se intensificam à medida que o novo presidente dos EUA, Donald Trump, se prepara para assumir o cargo em 20 de janeiro.

Os recentes ataques aéreos israelenses em Gaza resultaram na morte de 105 palestinos, de acordo com fontes médicas locais, enquanto as Forças Armadas de Israel afirmaram ter neutralizado diversos militantes do Hamas. Esse aumento nas hostilidades tem levantado preocupações globais sobre a escalada do conflito e a proteção de civis.

O governo dos Estados Unidos, através do Departamento de Estado, reiterou a importância de Israel respeitar o direito internacional, enfatizando que o país deve fazer 'significativamente mais' para proteger civis na região, embora mantenham o apoio ao direito de Israel de se defender.

Na sexta-feira (3), negociadores israelenses foram enviados a Doha, onde as negociações estão sendo mediadas por representantes do Catar e do Egito. O governo Biden tem desempenhado um papel crucial nas tentativas de facilitar um acordo, pressionando o Hamas a se comprometer com um cessar-fogo.

Apesar das conversações, a situação continua tensa. O Hamas, por sua vez, declarou que está em busca de um acordo o mais rápido possível, mas a recente intervenção militar de Israel agrava a incerteza sobre a proximidade de um entendimento.

Importante ressaltar que o Hamas indicou que qualquer restauração dos reféns israelenses está condicionada à retirada das forças israelenses de Gaza e a um cessar-fogo duradouro. Netanyahu, por outro lado, insiste que a guerra só terá fim com a erradicação do Hamas como força militar.

Esse conflito se intensificou após um ataque de 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas atacaram comunidades no sul de Israel, resultando na morte de aproximadamente 1.200 pessoas e na captura de cerca de 250 reféns, segundo registros israelenses. A situação continua a gerar debate sobre as implicações políticas e humanitárias do conflito, que já afetou milhares de vidas na região.