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Helene é o furacão mais mortal nos EUA desde Katrina; impacto devastador e resposta emergencial em andamento

2024-10-02

O furacão Helene se tornou um dos ciclones tropicais mais mortais da história dos Estados Unidos, com um número aterrador de 180 mortes confirmadas no Sudeste do país. Esse total não só supera as 156 vidas perdidas durante o furacão Ian em 2022, como coloca Helene entre os três furacões mais letais dos últimos 50 anos, ao lado de Katrina (2005) e Maria (2017).

São apenas esses três furacões que ultrapassaram as fatalidades causadas por Helene, incluindo Camille (1969), que deixou 259 mortos, a maioria deles devido a inundações repentinas nos Apalaches.

As estatísticas incluem tanto mortes diretas, causadas pelos ventos e chuvas, quanto mortes indiretas, que podem ocorrer por situações como acidentes de trânsito durante evacuações ou falta de cuidados médicos em áreas afetadas. O entendimento do impacto desses desastres também leva em consideração "mortes em excesso", uma análise comparativa entre as taxas de fatalidade esperadas e as reais nas regiões atingidas.

Estudos anteriores mostraram que o furacão Maria, por exemplo, resultou em uma estimativa de 2.975 mortes em excesso em Porto Rico, devido à falha na infraestrutura e ao lento processo de recuperação que se seguiu ao desastre.

Na última quarta-feira, o presidente Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris visitaram áreas devastadas pelo furacão Helene, onde milhares de socorristas trabalham incansavelmente para resgatar vítimas e prover assistência a milhões de afetados. Biden fez uma parada significativa na Carolina do Sul, onde centenas de funcionários federais e a Guarda Nacional estão envolvidos na operação de resgate.

Em sobrevoos pela Carolina do Norte, o presidente pôde observar a destruição generalizada causada pelas enchentes, incluindo pontes desmoronadas e ruas completamente alagadas. O secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, enfatizou a gravidade da situação ao descrever Helene como uma tempestade de "força histórica", afirmando que algumas cidades "desapareceram" do mapa. A recuperação está prevista para custar bilhões e levar anos, refletindo o impacto prolongado da tragédia.

Biden anunciou o envio de até 1.000 soldados ativos para ajudar nos esforços emergenciais na Carolina do Norte, destacando a urgência de trazer suprimentos de alimento, água e remédios para as comunidades isoladas afetadas pelo furacão. “Estamos aqui para vocês — e ficaremos aqui pelo tempo que for necessário”, declarou o presidente.

Por sua vez, a vice-presidente Harris se dirigiu à Geórgia, onde as consequências da tempestade também foram severas. Durante sua visita a um centro de operações em Augusta, ela elogiou a colaboração entre os serviços de emergência e a equipe local. "Juntos, estamos mostrando o melhor de nós", disse Harris, enquanto se reunia com moradores de áreas devastadas, onde os danos eram evidentes, com árvores caídas e propriedades destruídas.

As regiões da Carolina do Norte e da Geórgia são fundamentais para as eleições nos EUA em novembro, onde a votação antecipada já começou. Além disso, Biden programou uma visita à Flórida, onde Helene atingiu a costa como um furacão de categoria 4, acentuando a necessidade de mobilização e assistência eficaz para aqueles que vivem sob os efeitos devastadores destes desastres naturais.