Neste sábado, o grupo extremista libanês Hezbollah lançou uma série de mísseis contra uma base militar em Israel, enquanto as forças israelenses estavam voltadas para os combates no Líbano e na Faixa de Gaza, em decorrência do Yom Kippur, o dia mais sagrado do judaísmo. Sirenes de alerta soarão em várias partes do centro de Israel, e o exército israelense afirmou ter interceptado um 'projétil disparado do Líbano'.

Na sexta-feira, ataques aéreos israelenses resultaram na morte de aproximadamente 30 pessoas no norte da Faixa de Gaza, de acordo com informações da Defesa Civil local, que enfrenta um aumento dramático no número de baixas em meio ao ongoing conflito.

O Hezbollah, que perdeu vários líderes em bombardeios israelenses desde que a guerra começou, declarou que seu ataque visava uma base militar ao sul da cidade de Haifa e uma 'fábrica de materiais explosivos'. Em resposta, o exército israelense intensificou os bombardeios no sul do Líbano, onde já havia iniciado uma operação militar significativa há três semanas.

O porta-voz do exército israelense para a mídia árabe, Avichay Adraee, alertou aos cidadãos do sul do Líbano que 'não retornassem às suas casas' por questões de segurança, dado o aumento da tensão na região.

O ataque ocorrido durante o Yom Kippur, uma data em que muitos israelenses suspendem suas atividades e se dedicam a orações e arrependimento, provocou uma onda de reações e preocupações em relação às escaladas de violência. Durante este feriado, fronteiras, aeroportos e a maior parte das empresas geralmente permanecem fechados, mas a instabilidade atual resultou na continuidade das operações militares.

A situação se agrava com Israel lutando não apenas contra o Hezbollah no norte, mas também com o Hamas na Faixa de Gaza. Desde o início de outubro, os conflitos entre as duas partes provocaram o deslocamento de centenas de milhares de palestinos, levando a uma crise humanitária sem precedentes.

As Nações Unidas relatam que cerca de 700 mil pessoas estão deslocadas internamente no Líbano, além de aproximadamente 400 mil que buscaram abrigo na Síria. O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, fez um apelo ao Conselho de Segurança da ONU pedindo um cessar-fogo imediato, enquanto a violência continua a se intensificar.

No campo militar, o governo israelense prometeu uma resposta 'mortal e precisa' ao ataque do Irã, que disparou cerca de 200 mísseis contra Israel, elevando a tensão regional. No entanto, a administração do presidente dos EUA, Joe Biden, está pressionando por uma resposta proporcional para evitar uma escalada mais ampla. Biden também aconselhou Israel a evitar ataques a instalações nucleares ou infraestruturas críticas do Irã, consciente das consequências que uma guerra em larga escala poderia ter.

Por fim, embora o foco das operações de combate esteja agora no norte, Israel mantém suas ações em Gaza, onde os bombardeios continuam. O Exército Israelense cercou a cidade de Jabaliya, acusando o Hamas de tentar restabelecer suas capacidades militares. Com mais de 42 mil palestinos mortos, a maioria civis, e um número crescente de vítimas em Israel, a luta entre essas facções continua a devastar a região.