Saúde

Histerectomia: Jovem luta contra a dor e o sistema de saúde para remover seu útero

2024-11-21

Autor: Lucas

Em um relato angustiante, Emily Griffiths, de apenas 26 anos, está determinada a se submeter a uma histerectomia devido a condições debilitantes de saúde: endometriose e adenomiose. Vivian em Carmarthenshire, País de Gales, ela lida com dores insuportáveis desde que tinha 12 anos, quando sua menstruação começou a afetar sua vida cotidiana, fazendo-a ausentar-se da escola e lutando contra anemia.

Após anos de consultas mal-sucedidas e diagnósticos equivocados, ela finalmente foi diagnosticada com endometriose aos 21 anos, mas encontrou obstáculos intransponíveis ao tentar obter o tratamento adequado. A espera por um especialista no sistema de saúde público é tão longa que sua família decidiu bancar a cirurgia particular, mas a luta de Emily não termina aí.

"Os médicos parecem mais preocupados com o que pode acontecer no futuro do que com a minha situação atual", desabafa Griffiths. Este descompasso revela uma crítica ampla à maneira como a saúde das mulheres é tratada, especialmente em casos de doenças complexas como a endometriose, que afeta mais de 170 milhões de mulheres em todo o mundo.

A histerectomia, que envolve a remoção do útero, não é apenas uma decisão médica, mas uma escolha cheia de implicações emocionais e físicas. Embora o procedimento possa oferecer alívio dos sintomas que a têm aprisionado, ele também causa infertilidade e outros riscos de saúde, como alterações hormonais que podem elevar o risco de osteoporose e doenças cardíacas.

Griffiths já recebeu tratamento para induzir a menopausa, mas isso não resolveu seus problemas; pelo contrário, mostrou impactos negativos, como a deterioração de sua densidade óssea. "A histerectomia não é uma cura definitiva para a endometriose, mas para a adenomiose minha situação requer atenção especializada", conta ela, frustrada com a falta de opções.

Atualmente, Emily enfrenta a dura realidade de que os centros de tratamento especializados em endometriose no País de Gales estão sobrecarregados. Muitos conselhos locais de saúde não têm capacidade de atender a demanda, deixando muitas pacientes como ela sem a assistência necessária.

Apesar das dificuldades, Griffiths se tornou uma voz importante na luta pela conscientização sobre as condições que afetam as mulheres. Seu trabalho foi reconhecido por figuras de destaque, incluindo o rei Charles III, e ela continua a usar sua experiência para ajudar outras mulheres que enfrentam desafios semelhantes.

Enquanto isso, a Assembleia Nacional do País de Gales está sob pressão para acelerar a implementação de um plano de saúde para mulheres, que deve incluir melhores cuidados e tratamentos para endometriose. O governo estadual tem declarado que a saúde das mulheres é uma prioridade. No entanto, para Emily e muitas outras, essa promessa ainda não se concretizou em ações efetivas. Ela clama: "Nós queremos ser ouvidas e não mais ignoradas!" É um chamado à ação que ecoa entre as mulheres que enfrentam dilemas semelhantes em todo o mundo.