Os Houthis, grupo rebelde do Iémen, ameaçaram atacar Israel "nas próximas horas e dias" se os ataques em Gaza não forem interrompidos, conforme declarações de seu porta-voz nesta terça-feira (18). Essa declaração surge em um contexto tenso, marcado pelo término do acordo de cessar-fogo, após Israel intensificar sua ofensiva militar contra a Faixa de Gaza na noite de segunda-feira (17).

Yahya Saree, porta-voz dos Houthis, declarou na televisão que as Forças Armadas do Iémen ampliarão seus alvos, a menos que a "agressão" contra Gaza cesse. Ele insistiu que o grupo também está disposto a confrontar os Estados Unidos e a bloquear a navegação israelense até que o bloqueio a Gaza seja levantado e a ajuda humanitária seja permitida na região.

O porta-voz ainda reportou que, em um ataque anterior, o grupo lançou um míssil em direção a uma base aérea israelense, que segundo o Exército de Israel foi interceptado. O alerta foi acionado em várias localidades de Israel devido a esse ataque.

Os Houthis, conhecidos como aliados do Hamas e membros do chamado Eixo da Resistência do Irã, já haviam afirmado anteriormente sua intenção de retaliar Israel. O grupo vem atacando navios militares e comerciais em rotas estratégicas no Mar Vermelho, ampliando a sua adversidade contra Israel e seus aliados desde o início da guerra em Gaza.

A tensão se intensificou ainda mais entre os Houthis e os Estados Unidos, particularmente após declarações do presidente Donald Trump, que afirmou que o Irã será considerado responsável por qualquer ataque realizado pelos Houthis. Este conflito contínuo está ligado ao apoio do Irã aos Houthis e às suas ações contra Israel.

As ameaças dos Houthis foram acompanhadas por protestos em massa em Sanaa, onde manifestantes expressaram sua fúria contra os Estados Unidos e Israel, exibindo cartazes e gritando frases de ordem contrárias às duas nações. Os bombardeios americanos na região, que causaram numerosas baixas, incluindo várias crianças, intensificaram ainda mais as tensões já existentes.

A incerteza e a escalada deste conflito sugerem que a situação no Oriente Médio pode deteriorar-se ainda mais, levantando preocupações sobre uma possível guerra ampliada na região. O mundo aguarda a resposta de Israel e dos Estados Unidos às novas ameaças dos Houthis, enquanto a comunidade internacional observa atentamente.