Ciência

'Humanidade deve se expandir para além da Terra', afirma renomado físico britânico

2024-10-04

Há algumas horas, o professor Brian Cox, um dos físicos de partículas mais conhecidos da Grã-Bretanha, deu declarações impactantes sobre a necessidade de a humanidade se aventurar além do nosso planeta. "Ainda não consegui levantar os fundos necessários, nem convenci alguém a me dar uma passagem para o espaço", declarou Cox. Porém, ele não hesitaria em aceitar um convite de Elon Musk, fundador da SpaceX, para viajar ao espaço, dizendo que diria: "Incrível, vamos lá!".

Cox conversou antes da estreia de sua nova série na BBC Two, onde explora o Sistema Solar e expressa sua visão de que podemos nos tornar uma civilização multi-planetária. Com os avanços das empresas espaciais comerciais, como a SpaceX e a Blue Origin, exatamente isso pode ser possível.

Recentemente, Jared Isaacman, um empresário bilionário, fez história ao se tornar o primeiro astronauta do setor privado a caminhar no espaço. A NASA declarou que sua missão representa um "salto gigante" para a indústria espacial comercial e a colaboração entre agências governamentais e empresas privadas é essencial para garantir acesso barato e confiável ao espaço.

"A nossa civilização precisa se expandir para além do nosso planeta por diversas razões", afirmou Cox. Ele alertou sobre os danos que a humanidade está causando à Terra devido à incessante busca por mais recursos. Isso torna imperativo que consideremos não só a exploração, mas a colonização do espaço.

"Explorar os recursos disponíveis no universo, como asteroides, não é apenas uma ficção científica; é vital que façamos isso e o mais rápido possível", enfatizou Cox. A Via Láctea, repleta de bilhões de estrelas, pode ser um lugar inexplorado e, se considerarmos que somos a única civilização avançada conhecida, a obrigação de explorar se torna ainda mais clara.

Ele destacou que, nos próximos anos, Marte e a Lua podem ser os únicos lugares que podemos visitar e começar a estabelecer uma presença permanente. Cox também alertou sobre o maior perigo atual para a Terra: os próprios seres humanos. "Se algo irá nos destruir, provavelmente seremos nós mesmos", disse ele. A possibilidade de um asteroide colidir com a Terra é um risco que não pode ser ignorado.

Na nova série de Cox, ele examina eventos espaciais através de missões atuais. Uma delas, a missão Europa Clipper da NASA, programada para outubro, terá como objetivo investigar se a lua Europa, de Júpiter, possui condições que suportariam vida, já que se acredita que existe um oceano sob sua crosta gelada.

Cox levantou a questão: como seria a vida na Europa se as condições fossem favoráveis? "Uma vida simples", respondeu ele. "Seria vida unicelular, na melhor das hipóteses. Estamos distantes de encontrar formas de vida multicelular lá, especialmente considerando o longo tempo que levou para a vida se desenvolver aqui na Terra."

Com toda essa discussão, fica a dúvida: até onde a humanidade está disposta a ir e o que está fazendo para garantir seu futuro fora da Terra? A exploração do espaço não é mais uma questão de curiosidade, mas uma verdadeira necessidade para a sobrevivência da nossa espécie.