São Paulo — Maria Cristina de Araújo Rocha, uma aposentada de 77 anos, fez declarações impressionantes ao Metrópoles, revelando que gostaria de agredir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em suas palavras, essa mulher se considera afortunada por não cruzar com Lula nas ruas, caso contrário, afirma que partiria para cima dele sem hesitar. Sua prisão ocorreu após uma cena controversa em frente à residência do presidente, onde ela ofendeu um policial federal com injúrias raciais.

"[Partiria para cima do presidente] um milhão de vezes cem por cento, com certeza. Tenho uma fantasia de quebrar todos os dentes dele, aquela dentadura velha que ele tem", declarou a aposentada, expressando sua indignação.

A confusão teve início quando, nesta quinta-feira (19), Maria tentou entregar uma coroa de flores na casa de Lula, que se recupera de uma cirurgia de emergência decorrente de uma hemorragia intracraniana. Ao se aproximar, ela foi recebida com uma reação hostil das pessoas que estavam no local. Durante o ato, ela chamou um agente da Segurança Institucional, que é negro, de "macaco" e "gorila", resultando em sua detenção e a acusação de injúria racial.

Questionada sobre sua motivação para ir até a residência do presidente, Maria Cristina revelou que a ação foi impulsiva, surgindo de sua insatisfação com a presença de Lula na região onde mora. "Se a gente não pode mandar as pessoas embora, todo mundo quer que ele morra", declarou, desferindo críticas ao mandatário.

A mulher afirmou ter vivido uma "revolução", mas se mostrou arrependida apenas pelo tom utilizado com o policial, insistindo que não é racista. Sua presença em eventos da direita também é marcada por fotos com figuras influentes, como os deputados Kim Kataguiri e Carla Zambelli.

Além da confusão gerada por suas declarações, é importante destacar que Lula se recupera bem após sua cirurgia. Os médicos recomendam descanso e acompanhamento rigoroso, mas as palavras de Maria Cristina acendem um debate sobre a polarização política no país e como ela pode impactar a saúde mental da população.

Esse caso reflete a tensão política que permeia a sociedade brasileira atualmente, e levanta questões sobre a forma como o discurso de ódio pode se intensificar em momentos de crise.