Saúde

Idoso em UPA do DF sofre com troca de antibióticos: Família denuncia falta de medicamento caro

2025-03-26

Autor: Fernanda

Um idoso de 81 anos, Júlpio Antônio de Lima, está enfrentando sérios problemas de saúde na UPA de Ceilândia, onde está internado há uma semana devido a pneumonia. Sua família está alarmada com a administração irregular de antibióticos pela equipe médica, que parece estar causando mais sofrimento ao paciente.

Seguindo o relato de sua filha, Elma Seabra, de 56 anos, a situação é crítica. Desde sua entrada em 19 de março, Júlpio já foi tratado com quatro tipos distintos de antibióticos. Segundo Elma, dois deles não apresentaram melhora e um terceiro — que custaria em torno de R$ 2 mil — até chegou a melhorar sua condição, mas acabou em falta na unidade.

Elma teve informações alarmantes ao ser instruída por uma enfermeira a comprar o medicamento por conta própria. “Estava disposta a fazer isso, mas quando pedi a receita, a enfermeira disse que havia rasgado os papéis porque o médico já tinha prescrito um quarto antibiótico,” desabafa.

Infelizmente, a troca de medicamentos não trouxe os resultados esperados, e a condição de Júlpio parece só piorar. “Ele estava lúcido quando foi internado, mas agora está delirando. A cada dia que passa, ele aparenta estar em pior estado,” completa Elma.

Ela relata que a última internação do pai foi em 2021, devido à Covid-19, onde recebeu um tratamento exemplar. Agora, ela está angustiada, esperando por uma evolução positiva em seu quadro de saúde, enquanto ele continua a ser submetido a tratamentos com antibióticos diferentes na UPA.

Por outro lado, o Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) se posicionou ao ser contatado pela reportagem. O órgão afirma que Júlpio foi admitido com pneumonia e insuficiência cardíaca congestiva e que ele está sendo tratado com Ceftriaxona e Clindamicina. Segundo o Iges-DF, o paciente já apresenta sinais de melhora, de acordo com a equipe médica.

No que diz respeito à alegação de que uma enfermeira sugeriu a compra de um antibiótico, o Iges-DF afirmou que investigará a situação. “Reforçamos que nossas unidades são 100% SUS e não é aceitável que pacientes ou acompanhantes sejam solicitados a comprar medicamentos,” declarou. O instituto assegurou que tomará as medidas cabíveis se a alegação se confirmar.

Essa situação levanta preocupações sobre o atendimento em unidades de saúde públicas e a responsabilidade de garantir que todos os pacientes recebam os medicamentos necessários sem ônus adicional. Elma e sua família aguardam uma resolução, enquanto o sofrimento de Júlpio continua.