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IGP-DI registra salto de 1,03% em setembro: saiba o que está por trás dessa alta!

2024-10-07

Autor: Ana

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve um aumento impressionante de 1,03% em setembro, após um leve avanço de 0,12% em agosto, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira. Essa alta significativa foi impulsionada principalmente pelas oscilações nos preços das commodities agrícolas, da energia elétrica e dos serviços.

Com o resultado deste mês, o IGP-DI acumula um crescimento de 3,12% no ano e de 4,83% nos últimos 12 meses. Para se ter uma ideia, em setembro de 2022, o índice havia mostrado um aumento de 0,45%, mas com uma queda acumulada de 5,34% nos 12 meses anteriores.

André Braz, coordenador dos Índices de Preços, destacou que commodities importantes, como soja, bovinos, leite e laranja, registraram altas significativas entre agosto e setembro, colocando os produtos agrícolas como protagonistas da aceleração da inflação ao produtor.

No índice voltado ao consumidor, as maiores contribuições para o avanço foram provenientes da energia elétrica, passagens aéreas, aluguéis residenciais, serviços bancários e cigarros, com o setor de serviços se destacando como o principal motor dessa aceleração.

Na construção civil, Braz observou que o aumento nos preços dos materiais foi menos acentuado, contribuindo para a diminuição da inflação nesse segmento.

Entenda os Detalhes do IGP-DI

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,20% em setembro, em comparação com a variação de apenas 0,11% em agosto. O grupo de Bens Finais acelerou de 0,12% em agosto para 0,90% em setembro, com destaque para os alimentos processados, cuja variação saltou de 0,83% para 2,60%.

Os Bens Intermediários permaneceram praticamente estáveis, variando de 0,61% em agosto para 0,62% em setembro, enquanto o subgrupo materiais e componentes para manufatura apresentou uma taxa de 1,23%, uma alta em relação a 0,60% do mês anterior.

Por outro lado, as Matérias-Primas Brutas subiram 2,19% em setembro, revertendo a queda de 0,47% observada em agosto. As principais contribuições para essa subida vieram das variações da soja (de -2,03% para 6,51%), leite in natura (de 0,65% para 5,37%) e bovinos (de 2,75% para 5,87%). Por outro lado, a cana-de-açúcar, aves e algodão em caroço mostraram uma desaceleração significativa.

Aumentos que Impactam o Consumidor

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) aumentou 0,63% em setembro, após uma queda de 0,16% no mês anterior. Seis das oito classes de despesas tiveram aumentos em suas taxas de variação, com destaque para Habitação (de -0,40% para 1,72%), Alimentação (de -1,03% para 0,04%) e Educação, Leitura e Recreação (de -0,60% para 1,51%).

Entre os itens que mais contribuíram para essa alta, destacam-se a tarifa de eletricidade residencial, que saltou de -2,09% para 7,04%, e as passagens aéreas, que passaram de -3,46% para 8,78%. No entanto, os grupos Transportes e Vestuário apresentaram quedas significativas, influenciadas pela gasolina e pelas roupas, respectivamente.

INCC: O que esperar na Construção Civil?

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,58% em setembro, apresentando uma leve queda em relação aos 0,70% de agosto. Os grupos Materiais e Equipamentos, Serviços e Mão de Obra mostraram variações distintas, sendo a Mão de Obra um dos pontos de atenção.

Com as oscilações de preços em diversas áreas, a expectativa é que as famílias e empresários fiquem atentos às tendências do mercado. O que vem a seguir pode impactar tanto o bolso do consumidor quanto a rentabilidade dos negócios. Fiquem atentos!