Igreja Católica Lança Alerta: El Salvador Não Pode Ser a Nova Guantánamo!
2025-04-21
Autor: Ana
Um Apelo Urgente da Igreja
Neste último domingo (20), a Igreja Católica fez um chamado contundente ao presidente Nayib Bukele, exigindo que El Salvador não se converta em "uma grande prisão internacional". Essa preocupação surge após os recentes acordos feitos entre Bukele e o presidente americano, Donald Trump.
A Aliança Preocupante
Na segunda-feira (14), durante uma visita à Casa Branca, Bukele selou uma aliança com Trump que abriria as portas para os EUA deportarem centenas de venezuelanos para uma megaprisão em El Salvador, projetada para comportar até 40 mil detentos.
Trump e as Deportações em Massa
Trump, em sua tentativa de implementar deportações em massa, recorreu à controversa Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798. Este tipo de deportação nunca havia sido usado a não ser em tempos de guerra. O arcebispo de San Salvador, José Luis Escobar, expressou sua preocupação: "Pedimos às autoridades que não deixem nosso país se tornar um novo Guantánamo".
A Visão de Escobar sobre o Futuro de El Salvador
Escobar enfatizou que a transformação de El Salvador numa espécie de Guantánamo resultaria em um país que serviria como uma prisão para os Estados Unidos, permitindo ao governo americano economizar recursos que atualmente seriam gastos com detentos em sua base em Cuba.
Uma Economia Dependente
Com um em cada três salvadorenhos vivendo nos EUA, as remessas enviadas pelos salvadorenhos no exterior são um pilar vital da economia local, representando 23% do PIB em 2024. Escobar alertou: "Pode ser que o governo tenha boas intenções, buscando um tratamento melhor para nossos migrantes, mas não podemos permitir que nos tornemos a prisão de outros países, especialmente de um como os EUA".
O Futuro de El Salvador em Jogo
A Igreja Católica, por meio de seu arcebispo, está assim à frente de um debate crucial, questionando a direção que o governo de Bukele pode tomar e clamando por um futuro onde El Salvador seja um país de esperança, não de encarceramento.