Recentemente, fotos dramáticas produzidas por inteligência artificial (IA) viralizaram nas redes sociais, mostrando imagens supostas da desolação causada pelo furacão Helene. No entanto, o que parecia ser um registro da tragédia é, na verdade, uma criação digital.

Uma análise mais cuidadosa dessas imagens revelou discrepâncias notáveis. Segundo a "Forbes", em uma das fotos, a garotinha aparece com um dedo a mais e mal posicionado. Além disso, as roupas que ela veste são diferentes em cada imagem, e ela é mostrada em estilos de barco distintos. As variações nos coletes salva-vidas também levantam suspeitas sobre a autenticidade das fotos.

Essas imagens falsas provocaram revolta entre as verdadeiras vítimas do furacão Helene, que já enfrentam a dor de perder suas casas e entes queridos. O desastre natural resultou na morte de pelo menos 227 pessoas em diversos estados dos EUA, e ainda há dezenas de pessoas desaparecidas.

O ocorrido chamou a atenção de figuras públicas, como o senador Mike Lee, de Utah, que compartilhou a imagem sem perceber sua origem enganosa. Ele pediu para que seus seguidores dessem uma legenda à foto, mas acabou a removendo após se deparar com comentários que alertavam sobre sua falsidade.

A manipulação de imagens relacionadas a desastres pode ter consequências sérias e duradouras. Esse tipo de conteúdo pode complicar os esforços de ajuda humanitária, criar narrativas enganosas e minar a confiança pública em tempos de crise. Importante lembrar que essas imagens ainda podem ser exploradas por golpistas que desejam sensibilizar as pessoas para doações destinadas a causas fraudulentas. Portanto, sempre questione a origem das imagens e notícias que circulam nas redes sociais.

O furacão Helene trouxe à tona a necessidade de um discurso mais responsável e crítico sobre como enxergamos a informação na era digital. Desastres naturais já causam estragos suficientes; não precisamos de mais dor causada pela desinformação.