A situação política no Corinthians ganhou novos contornos com o anúncio marcado para o dia 28: o Conselho Deliberativo votará sobre a permanência do presidente Augusto Melo. Essa reviravolta surgia em meio a um clima de tensão gerado pelo cancelamento de um contrato bilionário com a casa de apostas Vaidebet, que comprometeu a imagem e as finanças do clube.

O presidente do Conselho, Romeu Tuma Junior, acompanhado por membros da oposição, alega que Melo deve ser responsabilizado por possíveis irregularidades no acordo de patrocínio. Este acordo era histórico, avaliado em R$ 370 milhões para três anos, além de um bônus de R$ 10 milhões, mas foi rescindido após a revelação de que uma pessoa não relacionada ao processo foi indicada para receber parte da comissão.

Até o momento, a investigação da Polícia Civil, iniciada em maio, não trouxe à tona provas concretas que incriminem o presidente, o que fez com que o próprio Comitê de Ética do clube sugerisse a suspensão do impeachment. Apesar disso, a pressão da oposição e a articulação entre torcidas organizadas buscam a saída de Melo, mas também há um movimento forte para sua permanência.

Paradoxalmente, após uma fase de crise, onde o Corinthians parecia à beira do rebaixamento, o time teve uma recuperação surpreendente no Campeonato Brasileiro, agora lutando por uma vaga na Libertadores de 2025. Essa performance em campo pode ser um fator crucial para a decisão do Conselho, que também tem que considerar a estabilidade do elenco e a continuidade de jogadores como Memphis Depay, que pode deixar o clube caso a presidência mude de mãos.

Augusto Melo, em uma carta aberta à torcida, expressou indignação pela convocação do impeachment, afirmando que a falta de garantias ao seu direito de defesa representa um ataque à democracia do clube. Ele alertou que este processo poderia desestabilizar o ambiente no Corinthians, prejudicando planos futuros e gerando novos conflitos internos. "Recebi com indignação a convocação para votar o processo de impeachment contra mim. Essa situação representa uma falta de respeito à nossa história e ao nosso compromisso com a verdade", declarou Melo.

A votação prometia agitar os bastidores do Parque São Jorge, e, com um cenário tão polarizado, a decisão de manter ou destituir Melo poderia definir não apenas o futuro político do clube, mas também suas aspirações para as competições futuras. É um momento crítico para o Corinthians! Você está pronto para ver o que vai acontecer no dia 28?