Ciência

Incrível descoberta de réptil ancestral dos dinossauros no Brasil!

2024-10-15

Autor: Pedro

Uma nova e fascinante espécie de réptil que habitou nosso planeta há impressionantes 237 milhões de anos foi descoberta em Paraíso do Sul, no Rio Grande do Sul. Esse animal, denominado Gondwanax paraisensis, revela um pouco mais sobre a evolução que levou ao surgimento dos dinossauros. Os detalhes do esqueleto fossilizado indicam que ele pode ser um ancestral direto ou um parente muito próximo dos dinossauros, representando um dos fósséis mais antigos já encontrados dessa linha evolutiva.

De acordo com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o Gondwanax paraisensis provavelmente atingia cerca de um metro de comprimento, baseando-se nas dimensões dos elementos preservados. Infelizmente, não foi possível determinar seus hábitos alimentares, uma vez que dentes ou outros elementos cranianos não foram recuperados. Contudo, a maioria dos répteis relacionados tende a ser herbívora ou onívora, o que torna plausível que o Gondwanax também se alimentasse dessa forma.

O nome Gondwanax carrega um significado poderoso: "lorde do Gondwana", referindo-se à antiga região onde agora encontramos os fósseis, uma parte do supercontinente Pangeia. O sufixo "paraisensis" homenageia o município onde a descoberta ocorreu.

A descoberta desse réptil ancestral tem uma importância significativa, não apenas para o Brasil, mas para o entendimento global da história dos dinossauros. A UFSM enfatiza que essa descoberta mostra que o Brasil não apenas preserva fósseis de dinossauros famosos, mas também abriga vestígios de répteis que desempenharam papéis cruciais na evolução que transformou os ecossistemas terrestres durante a Era Mesozóica.

Os fósseis foram classificados como membros do grupo "Silesauridae", que ainda gera debates acadêmicos sobre sua posição na árvore evolutiva dos dinossauros. Alguns cientistas acreditam que esses animais foram precursores diretos, enquanto outros argumentam que estavam mais próximos de dinossauros verdadeiros. Essa ambiguidades decorrem das características tanto primitivas quanto avançadas que os "silesaurídeos" apresentam.

O Gondwanax paraisensis, por exemplo, possui um fêmur que não mostra uma das cristas principais para ancoragem de músculos, uma característica típica em dinossauros, ao mesmo tempo que seu sacro demonstra uma estrutura mais avançada com mais vértebras que outros silesaurídeos vetustos. Essa mescla de atributos sugere uma locomoção possivelmente única, diferenciando o Gondwanax de outros ancestrais dos dinossauros.

Curiosamente, este fóssil foi descoberto acidentalmente pelo médico Pedro Lucas Porcela Aurélio, e posteriormente doado ao Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da UFSM em janeiro de 2024. A pesquisa que detalha essa descoberta foi publicada recentemente no periódico científico Gondwana Research pelo paleontólogo Rodrigo Temp Mülle.

E as surpresas não param por aí! Em julho deste ano, outra descoberta incrível de um fósseis de um dinossauro com aproximadamente 230 milhões de anos foi feita em São João do Polêsine, no mesmo estado. Isso reflete o potencial do Rio Grande do Sul em ser um verdadeiro tesouro paleontológico. Não perca as novidades sobre essas revelações que estão mudando nossa compreensão sobre os gigantes que um dia dominaram a Terra!