Uma emocionante descoberta arqueológica vem chamando a atenção no deserto da Judeia, próximo ao famoso Mar Morto. Arqueólogos encontraram uma impressionante estrutura em forma de pirâmide, que parece ser uma antiga estação de passagem. O local está situado ao norte do vale do Zohar, em uma região isolada de Israel, despertando um interesse renovado pelo passado histórico da área.

Entre os artefatos descobertos, muitos estão extraordinariamente bem preservados e datam de mais de dois mil anos. O estado de conservação notável dos itens é atribuído ao clima árido do deserto, cuja umidade quase inexistente impediu a deterioração dos materiais ao longo dos séculos.

Eli Escusido, diretor da Autoridade de Antiguidades de Israel, compartilhou a notícia em um comunicado, revelando que a pirâmide foi edificada com enormes pedras esculpidas à mão, algumas delas pesando centenas de quilos. A função exata da estrutura ainda é um enigma; especialistas especulam que ela poderia ter sido um monumento, um túmulo ou até mesmo uma torre de vigia para as rotas comerciais da época.

Essas rotas conectavam o Mar Morto aos portos do Mar Mediterrâneo, facilitando assim o comércio entre antigas civilizações. O sítio arqueológico é datado de aproximadamente 2.200 anos atrás, um período marcado por disputas de poder na região. Durante esse tempo, o Oriente Médio estava sob a influência dos impérios ptolomaico e selêucida, que surgiram após a morte de Alexandre, o Grande. Com a divisão do império conquistado pelos generais de Alexandre, Israel passou a ser dominado por esses dois poderes em diferentes momentos.

Os especialistas ainda investigam se a pirâmide foi construída sob o controle dos ptolomaicos ou selêucidas, já que, posteriormente, no primeiro século antes de Cristo, ambos os impérios foram incorporados ao Império Romano. Portanto, a estrutura pode estar intimamente relacionada a essa transição histórica.

Além da pirâmide, a equipe de escavação fez descobertas impressionantes no local, incluindo fragmentos de papiro, utensílios de madeira, cestos, cordas, armas, moedas, tecidos, sementes e vasos de bronze. Muitos destes itens teriam sido impossíveis de preservar em outras regiões do mundo.

Alguns dos papiros encontrados possuem inscrições em grego antigo, a língua utilizada tanto pelos ptolomaicos quanto pelos selêucidas. Uma das voluntárias envolvidas nas escavações relatou ter encontrado fragmentos desses documentos, que ainda possuem letras legíveis.

As escavações no local continuarão até abril, e os pesquisadores estão ansiosos para que as próximas fases revelem mais detalhes sobre a função da enigmática pirâmide e qual era o cotidiano das pessoas que viveram ali mais de dois mil anos atrás. Não perca as atualizações sobre este fascinante projeto arqueológico que está reescrevendo a história da região!