Incrível! Dólar alcança R$6,092 e marca novo recorde histórico, mesmo após leilões do Banco Central
2024-12-16
Autor: Matheus
O dólar comercial encerrou suas atividades nesta segunda-feira em alta, alcançando a impressionante marca de R$6,092. Este é o maior fechamento já registrado na história da moeda brasileira, impulsionado por incertezas no cenário fiscal do país e altos prêmios de risco, que superaram os efeitos positivos da venda de mais de US$4,6 bilhões pelo Banco Central em leilões realizados durante a manhã.
Nos leilões, o BC vendeu no total 4 bilhões de dólares, além de 845 milhões em um leilão à vista na sexta-feira. Apesar dos esforços da autarquia, o dólar já havia se valorizado 1% nas primeiras horas de negociação, ultrapassando a marca de R$6,09.
O clima de apreensão no mercado foi intensificado pela incerteza sobre a aprovação de medidas de contenção de gastos pelo governo no Congresso, especialmente com a proximidade do recesso parlamentar de fim de ano. A ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se recupera de uma cirurgia em São Paulo, deixou vazios nas negociações diretas com líderes políticos, o que pode complicar ainda mais o cenário fiscal.
Flávio Serrano, economista-chefe do banco Bmg, expressou suas preocupações: 'Há uma grande apreensão sobre o pacote e sobre a votação do Orçamento... além do que foi proposto e o que pode cair'. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se com Lula para discutir as medidas fiscais e pediu que as propostas não fossem desidratadas.
Após um breve alívio do real pela manhã, o cenário rapidamente mudou quando o dólar voltou a subir, atingindo uma nova alta no final do dia. A venda de 1,6 bilhão de dólares em um leilão à vista pelo BC foi o maior valor dessa modalidade desde março de 2020.
Analistas afirmam que as taxas de juros futuras elevadas, que se intensificaram devido às preocupações com o cenário fiscal, estão afastando investidores estrangeiros do mercado brasileiro. Marcio Riauba, do StoneX Banco de Câmbio, apontou que o mercado também reagiu criticamente às declarações de Lula sobre a taxa Selic, que foi aumentada recentemente para 12,25% ao ano.
"A única coisa errada nesse país é a taxa de juros estar acima de 12%. Essa é a coisa errada", disse Lula em uma recente entrevista. Os investidores agora aguardam ansiosamente pela divulgação da ata da última reunião do Copom, marcada para terça-feira, que deverá oferecer mais detalhes sobre as decisões de política monetária.
Enquanto isso, os mercados internacionais estão de olho nas próximas decisões do Federal Reserve, que se reunirá na quarta-feira. Espera-se que o BC dos EUA reduza suas taxas em 0,25 ponto percentual, o que poderá impactar diretamente os mercados emergentes, incluindo o Brasil.
Diante de tantas incertezas, o que acontecerá com o real e com o dólar nos próximos dias? Mantenha-se informado e preparado, pois a volatilidade está definida para continuar!