
Incrível! Filhote de Mamute de 130 Mil Anos é Dissecado na Sibéria
2025-04-10
Autor: Mariana
Um Tesouro Antigo é Revelado
A cena poderia muito bem ser de uma sala de cirurgia: cientistas russos, paramentados com macacões estéreis e máscaras, não estavam tratando de um ser humano, mas sim de um filhote de mamute, que viveu há incríveis 130 mil anos! Encontrada durante o verão passado na remota região da Yakútia, na Rússia, a carcaça da mamute, nomeada Yana, foi dissecada no final de março de 2025. Esta operação foi realizada por uma equipe de paleontólogos, biólogos e geneticistas que consideraram o achado como um verdadeiro tesouro da Era do Gelo.
Uma Rara Joia do Passado
Yana se junta a um grupo seletíssimo: até agora, apenas seis carcaças inteiras de mamutes foram descobertas no mundo — cinco na Rússia e uma no Canadá. A diferença? Nenhuma delas estava tão bem preservada quanto Yana!
O Segredo da Preservação
Como esse mamute sobreviveu por tanto tempo? O segredo está no solo permafrost da Sibéria! Essa terra congelada impediu a decomposição do corpo durante milênios, conservando até os tecidos mais finos, como o estômago e parte do intestino de Yana. Com apenas 1,2 metro de altura e 180 quilos, a fêmea apresenta uma pele acinzentada, pelos avermelhados e olhos reconhecíveis, sendo considerada o mamute mais bem preservado já encontrado.
Novas Descobertas sobre a Vida de Yana
Inicialmente, acreditava-se que ela tinha morrido há 50 mil anos, mas análises do gelo ao redor revelaram que Yana viveu mais de 130 mil anos, muito antes da chegada dos primeiros humanos na região. Segundo os cientistas, essa mamute tinha pouco mais de um ano; suas presas de leite indicam sua jovem idade.
Importância da Necropsia
Mas por que essa dissecação é tão crucial? Realizada no Museu do Mamute da Universidade Federal do Nordeste, em Yakutsk, essa investigação não só proporciona um entendimento detalhado sobre a biologia desse animal extinto, mas também sobre o ecossistema da época. Os pesquisadores estão analisando o conteúdo do sistema digestivo de Yana para identificar plantas, esporos e bactérias que ela consumiu, ajudando a reconstruir o ambiente do passado.
Rumo a Novas Fronteiras da Ciência
Um dos objetivos da equipe é descobrir microrganismos antigos preservados no corpo do mamute. Essa busca pode lançar luz sobre a evolução das bactérias e os potenciais riscos que o degelo do permafrost pode representar, liberando patógenos desconhecidos e impactando humanos e outros animais.
O Que Já foi Descoberto?
Até agora, a equipe confirmou que o estômago e parte do intestino grosso de Yana estão bem preservados, com fragmentos de material vegetal ainda visíveis. Amostras de pele, músculos e órgãos foram coletadas para análises genéticas e microbiológicas. Os cientistas também estão tentando colher amostras da microbiota vaginal do animal; essa informação pode desvendar ainda mais sobre os microrganismos que habitavam o corpo da mamute em vida.
Uma Experiência Única
O aroma durante a necropsia foi descrito como uma combinação de terra fermentada e carne macerada — resultado da longa permanência da carcaça no solo congelado. A parte traseira do corpo, que ficou presa em uma encosta, será analisada em uma fase posterior. Prepare-se para mais descobertas fascinantes!