A Polícia Federal (PF) está prestes a concluir o primeiro relatório sobre os atos golpistas, com previsão para entrega nesta quinta-feira (21). Esse documento será enviado ao relator no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes, que analisará o material antes de encaminhá-lo ao procurador-geral da República, Paulo Gonet. O PGR terá que decidir se vai encaminhar uma denúncia ao STF ou solicitar novas investigações.

De acordo com fontes da investigação, o relatório será robusto e trará informações inéditas, indicando a responsabilização do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros envolvidos de forma incisiva. Embora não esteja nos planos do relatório solicitar a prisão imediata, é possível que ele tenha complementações futuras, especialmente após a recente operação Contragolpe, que revelou planos de assassinato contra o presidente Lula, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Em declarações públicas, aliados de Bolsonaro asseguram que ele não deveria temer represálias, apesar da gravidade das informações que vêm à tona. No entanto, nos bastidores, o clima é de preocupante expectativa com a possibilidade de indiciamento do ex-presidente.

Os bolsonaristas estão convencidos de que o indiciamento não se limitará a Bolsonaro, mas também passará por ex-assessores como Braga Netto e Mauro Cid, entre outros. Nos últimos dias, os apoiadores de Bolsonaro têm demonstrado solidariedade a Mauro Cid, especialmente com a proximidade de possíveis perdas relacionadas às suas delações.

Além disso, a expectativa gira em torno da resposta do STF e do PGR frente a esse relatório, que pode ter implicações significativas sobre a continuidade dos embates políticos no Brasil. A comunidade política está de olho em cada movimento, pois as implicações legais podem afetar não apenas o futuro de Bolsonaro, mas de todo o seu círculo íntimo de aliados. Todos estão ansiosos para ver o desenrolar dos acontecimentos e suas consequências no cenário político nacional.