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Inflação PCE e CAGED: O que o Brasil e EUA revelam nesta sexta-feira

2025-03-28

Autor: Maria

A agenda econômica desta sexta-feira (28) promete trazer à tona uma série de indicadores cruciais que irão demonstrar a saúde econômica do Brasil e dos Estados Unidos. No Brasil, os dados começam a ser divulgados a partir das 8h, com a apresentação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) referente ao mês de março, um importante termômetro para a inflação local.

Em seguida, às 8h, teremos a confiança dos serviços também de março, que indicará como os empresários do setor estão enxergando o mercado. A taxa de desemprego de fevereiro será divulgada às 9h, trazendo uma visão sobre o cenário do emprego no país. No início da tarde, às 14h30, o mercado aguarda ansiosamente a publicação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) de fevereiro, que avalia o nível de emprego formal, além de dados sobre a dívida pública do Brasil.

Nos Estados Unidos, o dia começa com a divulgação do Índice PCE (Personal Consumption Expenditures) referente a fevereiro, às 9h30. Esse índice é vital, pois fornece informações sobre a inflação e o comportamento de consumo, fundamentais para entender a dinâmica econômica do país. Logo após, às 11h, será revelada a confiança do consumidor de março, um indicador significativo que reflete o apetite por consumo e a percepção das famílias sobre a economia.

Atualizações que podem impactar o mercado hoje:

Na agenda desta sexta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa da Reunião do Conselho de Líderes do CEBDS 2025, um espaço dedicado ao desenvolvimento sustentável. Às 15h, ele terá uma reunião com o presidente do Bank of America Brasil, Eduardo Alcalay. Mais tarde, às 17h, Haddad se juntará ao Arko Conference 2025, onde o tema em discussão serão os desafios e perspectivas para a economia brasileira.

Enquanto isso, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, terá uma agenda cheia em São Paulo, onde se reunirá com executivos de empresas do setor financeiro, discutindo os rumos da política monetária brasileira. É notável que Galípolo antecipa uma inflação acima da meta de 4,5% no curto prazo, enquanto o Banco Central trabalha para ajustar a taxa de juros e enfrentar incertezas econômicas.

No cenário internacional, há uma tensão crescente em relação às tarifas comerciais que podem ser impostas pelo governo dos EUA sobre produtos brasileiros, especialmente após declarações do ex-presidente Donald Trump sobre a possibilidade de uma sobretaxa. Essa movimentação pode ter impactos significativos na pauta exportadora brasileira. A possibilidade de retaliações por parte de outros países, como Japão e México, também mantém a comunidade internacional atenta.

Além disso, o Brasil enfrenta desafios internos, como a necessidade de reavaliar o orçamento anual, onde cortes significativos foram propostos. O que acontece agora poderá determinar a trajetória econômica do país nos próximos meses, especialmente com as datas de reunião do Banco Central se aproximando, onde novas decisões sobre a taxa de juros podem ser tomados.

Com tantas informações e impactos potenciais no horizonte, economistas e investidores estarão de olho atento em como esses dados se desdobram ao longo do dia.