Você já imaginou uma tecnologia que transporta amostras de exames em tubos por túneis escondidos? É exatamente isso que um hospital em São Paulo acaba de implementar! A jornada desses tubos é impressionante: eles levam apenas 10 segundos para ir da sala de cirurgia ou do pronto-socorro até o laboratório.

No caso de exames emergenciais, as amostras são direcionadas instantaneamente para a linha de "urgências", garantindo que os resultados sejam rapidamente analisados e enviados ao médico que está no atendimento. Para exames de rotina, que não necessitam de tanta agilidade, as amostras são transportadas em cápsulas que comportam múltiplos tubos, permitindo uma operação mais organizada e eficiente.

Uma vez que as amostras chegam ao laboratório, uma tecnologia de ponta entra em ação. O sistema utiliza inteligência artificial para analisar uma variedade de indicadores de saúde, como hemogramas, função renal e hepática, além de coagulação. O incrível é que não é necessário a presença de um funcionário para essa análise, pois a IA é capaz de lidar com tudo, incluindo a necessidade de novas coletas quando os resultados apresentam alterações.

"Cerca de 75% dos exames dos pacientes podem ser processados nesta rotina automatizada", explica Mirtes Sales, médica patologista clínica e gerente médica do hospital. Quando um exame não pode ser realizado na esteira, a amostra é retornada e um funcionário a encaminha para o local adequado, garantindo que todos os testes necessários sejam realizados sem falhas.

César Higa Nomura, diretor de medicina diagnóstica do hospital Sírio-Libanês, informa que, desde a inauguração do laboratório em novembro, o tempo de espera para atendimento no pronto-socorro foi reduzido em impressionantes 50%. Os resultados dessa implementação ainda estão sendo monitorados, mas a expectativa é positiva.

Um dos pontos inovadores do laboratório é a 'soroteca', um depósito onde as amostras dos pacientes podem ser armazenadas por até dez dias. Isso é extremamente vantajoso, pois, se o médico solicitar um exame complementar, não será necessário realizar uma nova punção. O laboratório pode utilizar a mesma amostra, desde que ainda esteja dentro do prazo de armazenamento.

Com a capacidade para armazenar mais de 27 mil tubos, o hospital também está em uma missão para reduzir o desperdício hospitalar; a expectativa é diminuir o uso de tubos em 20% a 25%. Isso não apenas minimiza a geração de resíduos, mas também otimiza os processos, fortalecendo a abordagem sustentável da instituição.

O futuro da medicina está se tornando realidade em São Paulo com esse laboratório que utiliza tecnologia de ponta e inteligência artificial, reafirmando a capacidade do Brasil de inovar na área da saúde! Prepare-se, pois essa revolução na saúde pode ser apenas o começo!