Um estudo recente levantou questões sobre a real eficácia dos produtos com proteína adicionada, como iogurtes, pães e cafés. Embora a proteína desempenhe um papel fundamental na manutenção da massa muscular e da saúde geral, a popularidade crescente desses produtos pode estar alimentando mitos sobre seus benefícios nutricionais.

A proteína é de fato essencial para o corpo, sendo fundamental na construção e reparação dos tecidos, na produção de enzimas e hormônios, e na manutenção do sistema imunológico. As diretrizes nutricionais atuais apontam que a ingestão ideal varia de 0,75 g a 1,6 g de proteína por quilo de peso corporal, dependendo de fatores como idade, nível de atividade e estado de saúde. Atletas e pessoas em recuperação de doenças geralmente precisam de mais proteína, enquanto adultos mais velhos precisam dela para combater a perda muscular relacionada à idade.

Entretanto, o apelo comercial dos alimentos ricos em proteína pode estar mascarando a realidade: muitos desses produtos processados, apesar de contarem com uma quantidade elevada de proteína, podem ser também carregados de açúcares, gorduras e outros aditivos que não são benéficos à saúde. Portanto, é necessário ter cautela ao escolher esses produtos, já que a qualidade nutricional não deve ser interpretada apenas pela quantidade de proteína.

Os alimentos ultraprocessados, como barras de proteína e lanches enriquecidos, frequentemente apresentam baixos níveis de fibras, vitaminas e minerais essenciais. Isso é preocupante, pois a dieta moderna já carece de fibras, que são cruciais para a saúde digestiva e para a prevenção de doenças.

Estudos têm mostrado que o consumo frequente de alimentos ultraprocessados está associado ao aumento do risco de doenças crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares. A combinação de ingredientes não encontrados em uma cozinha comum e a baixa qualidade nutricional levantam questionamentos sobre os efeitos do consumo desses produtos em uma dieta balanceada.

A mensagem principal é que, enquanto a proteína é vital para a saúde, trabalhar para atingir a ingestão adequada deve se basear em uma dieta equilibrada que priorize alimentos integrais, como carnes magras, peixes, ovos, laticínios, legumes, nozes e sementes. Optar por fontes de proteína variadas e frescas é sempre a melhor escolha.

Os produtos fortificados com proteína podem ser convenientes, mas não devem ser a base de uma alimentação saudável. Assim, é crucial distinguir entre alimentos que são realmente saudáveis e aqueles que são apenas rotulados como tais devido ao seu teor de proteína. Levar em consideração outros nutrientes, como as fibras e as vitaminas presentes em alimentos minimamente processados, é fundamental para uma dieta que otimize sua saúde. Fique atento e escolha sabiamente!