Em um discurso contundente nesta segunda-feira (31), o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, deixou claro que seu país não ficará inerte diante das ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump. Ele afirmou que, caso haja uma agressão, a resposta do Irã será "firme".

A declaração foi feita em Teerã, durante as celebrações que marcam o fim do mês sagrado do Ramadan. Khamenei destacou: "Eles estão ameaçando provocar danos... se for o caso, certamente haverá uma resposta firme." Embora não tenha mencionado Trump diretamente, suas palavras refletiram a crescente tensão entre os dois países.

No último domingo (30), Trump havia afirmado em uma entrevista ao canal NBC que "haverá bombardeios" no Irã, caso o país não aceite um novo acordo sobre seu programa nuclear. "Se não assinarem um acordo, haverá bombardeios", disse o presidente, acendendo alarmes internacionais sobre um possível conflito.

O Irã, que há décadas é acusado pela comunidade ocidental de tentar desenvolver armas nucleares, nega veementemente essas alegações e afirma que seu programa nuclear tem apenas objetivos pacíficos. No entanto, a intransigência da administração Trump em relação a Teerã aumentou as tensões. Em 2018, Trump retirou os Estados Unidos de um acordo histórico destinado a limitar o programa nuclear do Irã, restabelecendo sanções que devastaram a economia iraniana.

O acordo de 2015, que envolveu potências mundiais, foi visto como um marco na diplomacia do Oriente Médio, mas sua dissolução criou um vácuo político e segurança na região. As declarações belicosas de Trump agora elevam a possibilidade de uma escalada militar ainda mais alarmante.

Enquanto isso, observadores internacionais temem que a atual situação leve a um novo ciclo de violência e represálias no Oriente Médio. A tensão entre os EUA e o Irã continua a ser um dos elementos mais voláteis na política global atual.