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Israel afirma ter eliminado 250 soldados do Hezbollah desde o início da invasão ao Líbano

2024-10-04

Soldados israelenses operam tanques em uma zona de preparação no norte de Israel, próxima à fronteira com o Líbano.

Desde o início da invasão ao Líbano há quatro dias, o Exército de Israel anunciou que matou cerca de 250 integrantes do Hezbollah. Este número foi divulgado em um balanço das Forças Armadas israelenses nesta sexta-feira (4).

As mortes foram consequência de bombardeios aéreos e confrontos diretos entre os soldados de ambos os lados. Até o momento, o Hezbollah não se manifestou sobre esta informação.

O Exército israelense não detalhou quantas mortes foram provocadas por operações aéreas e quantas resultaram de combates em solo. Os ataques aéreos de Israel ao Líbano, que começaram antes da invasão terrestre, já contribuíram para quase 2.000 mortes desde então.

No lado israelense, oito soldados foram mortos durante uma emboscada realizada por membros do Hezbollah na região sul do Líbano, que é considerada o bastião do grupo extremista. Esse reduto foi palco do surgimento do Hezbollah há cerca de 20 anos.

Nesta sexta-feira, outros dois militares israelenses perderam a vida em um ataque de drones do Hezbollah, segundo notícias das Forças Armadas. Isso eleva o número total de baixas israelenses a 50 durante os confrontos com o Hezbollah.

O conflito atual gerou uma crise humanitária profunda no Líbano, onde estima-se que mais de um milhão de pessoas foram deslocadas devido à violência. O país deve receber um apoio humanitário urgente, conforme solicitado pelo governo libanês à ONU.

A líder supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, fez uma declaração contundente, pedindo a todos os muçulmanos que se unam contra Israel, afirmando que "Israel não durará muito". Ele também reafirmou o direito da população palestina de se defender.

A partir da invasão, as Forças Armadas do Líbano também começaram a responder aos ataques israelenses, disparando contra soldados israelenses em uma escalada preocupante do conflito. Este ataque causou a morte de um soldado libanês.

Até agora, as autoridades libanesas relataram que os bombardeios israelenses causaram 1.974 mortes, incluindo 127 crianças, e mais de 6 mil feridos. O número total de vítimas já ultrapassa os índices mortais da guerra entre Israel e Líbano em 2006.

Enquanto isso, em resposta às agressões, o Hezbollah destaca que é o único guardião da resistência libanesa e mantém um arsenal que supera o do Exército libanês. O governo israelense insiste que suas operações têm como alvo exclusivamente ações do Hezbollah, não visando diretamente o Estado libanês.

A situação continua a se agravar, com negociações de ajuda humanitária e cessar-fogo sendo discutidas entre as nações envolvidas e a ONU. O mundo observa atento, pois essa escalada de violência no Oriente Médio não afeta apenas os países envolvidos, mas também gera repercussões globais.