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Israel Anuncia Morte do Comandante do Hezbollah em Beirute; Conflito Custa Mais de 2 mil Vidas no Líbano

2024-10-08

Autor: Fernanda

Uma coluna de fumaça se eleva no sul de Beirute, a capital libanesa, após um intenso ataque aéreo que resultou em ordens de evacuação emitidas por Israel no dia 7 de outubro de 2024.

Na madrugada desta terça-feira (8), horário de Brasília, as Forças Armadas de Israel declararam que o chefe do quartel-general do Hezbollah, Suhail Hussein Husseini, foi eliminado em um ataque em Beirute. Segundo informações da Reuters, bombardeios e alertas têm sido registrados ao longo da fronteira entre Israel e Líbano.

Desde o início da escalada do conflito, no mês passado, Israel declarou a morte de diversas lideranças do Hezbollah, incluindo Sayyed Hassan Nasrallah, líder supremo do grupo desde 1992. Entre janeiro e julho, quatro comandantes do Hezbollah já haviam sido mortos em ações israelenses, e, desde setembro, outros seis líderes foram eliminados, aumentando as tensões na região.

O QG atacado, segundo declarações israelenses, servia para supervisionar a logística do Hezbollah, que inclui a gestão financeira e operações de campo. Husseini era considerado fundamental na transferência de armas do Irã para o grupo, além de responsável pela distribuição de armamentos sofisticados entre as diversas unidades do Hezbollah.

O QG também abrigava uma unidade de pesquisa e desenvolvimento, financiada por Teerã, dedicada à fabricação de mísseis guiados de precisão, essenciais para as operações militares do Hezbollah. Husseini também coordenava operações especiais, como ataques terroristas direcionados a Israel.

Conforme informações do Ministério da Saúde libanês, reportadas pela Reuters, o número de mortes decorrentes dos conflitos já ultrapassou 2.083, com mais de 9.800 pessoas feridas, incluindo pelo menos 250 combatentes do Hezbollah. Em um único dia anterior à divulgação oficial, 22 mortes e 111 feridos foram contabilizados, resultado de novos ataques.

Os confrontos entre o Hezbollah e as forças israelenses foram intensificados desde 8 de outubro de 2023, em solidariedade ao Hamas. Desde o dia 20 de setembro de 2023, Israel está em uma operação militar denominada "Flechas do Norte" e a situação humanitária no Líbano está se deteriorando rapidamente.

A situação é alarmante, já que o número de mortos ultrapassa o total de vítimas da guerra entre Israel e Líbano em 2006, que contabilizou 1.191 mortos ao longo de pouco mais de um mês. O governo israelense afirma que seus bombardeios visam estruturas do Hezbollah, mas a maior parte dos mortos são civis, de acordo com relatos libaneses. Além das ações aéreas, Israel também realiza incursões terrestres dentro do território libanês.

Enquanto a luta se intensifica, o Hezbollah e o Hamas continuam a atacar Israel, que, por sua vez, mantém os ataques a Gaza, Beirute e ao sul do Líbano. A comunidade internacional observa preocupada a escalada do conflito, esperando que negociações de paz possam ser retomadas antes que a situação se agrave ainda mais.