Uma viagem que deveria trazer conforto acabou causando desconforto e revolta entre os jogadores do Botafogo. A experiência de voar em um avião emprestado pelo New England Patriots, tradicional equipe da NFL, se transformou em um verdadeiro pesadelo. O time seguiu para Doha, no Qatar, onde foi eliminado da Copa Intercontinental nesta quarta-feira (11) ao sofrer uma derrota contundente por 3 a 0 para o Pachuca.

A origem do voo foi uma cortesia do proprietário da franquia de futebol americano, que é amigo de John Textor, controlador da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo. No entanto, só a gentileza não foi suficiente para garantir uma viagem agradável para os jogadores.

De acordo com informações apuradas, os assentos na aeronave eram em sua maioria apertados e desconfortáveis. Enquanto muitos dos melhores lugares foram ocupados pela diretoria, os jogadores se viram em uma situação complicada. Faltavam filas de assentos adequadas e vários dos bancos disponíveis não eram reclináveis, contribuindo para o mal-estar da equipe.

A situação se agravou de tal forma que um dos atletas chegou a estender um cobertor e se deitar no corredor do avião devido a dores nas costas. A atitude não foi bem recebida pela tripulação, que o repreendeu, alegando que o corredor era uma passagem necessária para o serviço.

Os comentários negativos sobre o voo não pararam por aí. O zagueiro Alexander Barboza foi um dos que expressaram sua insatisfação de maneira clara. Em entrevista à TV Globo, ele não hesitou em classificar o avião como "fraco", destacando a dificuldade que o time teve de suportar o desgaste de uma partida intensa, seguida por uma longa viagem.

"Não há corpo que aguente. Foram muitos jogos em sequência. A viagem foi longa, mais de 15 horas. O avião não era o melhor, era um avião fraco. E isso pesou muito", declarou Barboza, refletindo o sentimento geral entre os jogadores.

Esse incidente não apenas levantou questões sobre a logística do time, mas também sobre a importância de um planejamento adequado nas viagens, principalmente em competições internacionais. Os gestores do Botafogo precisam urgentemente repensar essas decisões para evitar novos contratempos e garantir o melhor desempenho da equipe em campo.